Durante a palavra livre na sessão da Câmara desta semana, o Vereador Julio Eduardo Marques Pereira apresentou uma denúncia que recebeu de produtores rurais que tem propriedades próximas dos bairros Veneza, Canadá, Esperança e Jacarandá. Ocorre que a parede, de uma estação elevatória de esgoto, caiu e o esgoto está sendo jogado in natura no córrego que passa pelas imediações, um verdadeiro crime ambiental.
O emissário de esgoto e as estações elevatórias foram construídos pelas empresas que promoveram a expansão imobiliária naquela região. “Tem um cano, de 300 milímetros, com esgoto sendo jogado 24 horas por dia diretamente no córrego. Estamos falando de contaminação de tanque de piscicultura, de cana de açúcar e de plantações diversas. Ao invés de organizar uma bacia de contenção, fizeram uma calha e jogaram o esgoto direto no córrego”, afirmou Júlio.
O vereador ressaltou que informou a Prefeitura, ligando para o Secretário de Obras, Planejamento e Serviços Públicos, Gustavo Rastelli e encaminhou a denúncia ao Ministério Público. “Até 5 anos as construtoras são responsáveis por reparar danos nas obras que fizeram. É preciso que a secretaria de obras verifique os projetos, pois a parede da estação elevatória parece que não tinha coluna de sustentação. Peço para a Prefeitura cobrar máxima urgência na recuperação disso aí”, solicitou o parlamentar.
O que disse a Prefeitura
O Secretário de Obras, Planejamento e Serviços Públicos, informou que o emissário de esgoto, que foi construído por empresas responsáveis por alguns loteamentos como contrapartida para o município, teve um rompimento da parede do depósito de esgoto da estação de recalque n°2, sendo que a obra está em garantia por lei. “Notificamos os loteamentos para a realização do reparo de forma urgente”, destacou.
No documento, datado de 3 de março, o Município, por meio do engenheiro civil Tadeu Soares Ramos Cabete, Diretor de Obras e Infraestrutura, notificou as empresas Loteamento Residencial Jacarandá SPE Ltda e SOAGIR Empreendimentos Imobiliários Ltda, para que procedam com os reparos no prazo de 48 horas, solicitando que seja realizada também inspeção na estação de recalque nº 3, para evitar a ocorrência de problema semelhante.
A resposta das empresas loteadoras:
Em nota conjunta, as empresas informaram que foram notificadas na terça-feira, 7 de março, e até então desconheciam o ocorrido. “Imediatamente acionamos o sub contratado e tomando as devidas providências. Já estão sendo providenciados os reparos necessários. Infelizmente com essas fortes chuvas potencializou. Queremos resolver o mais breve possível”, ressaltaram.