O valor terá um acréscimo de R$1,885 a cada 100 quilowatts-hora (kW/h)
A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) anunciou que em julho a bandeira tarifária da conta de luz será amarela. Após 26 meses em Bandeira Verde, com condições favoráveis de geração de energia, o valor extra de R$1,885 a cada 100 KWh (quilowatt-hora) consumidos passará a ser cobrado.
De acordo com Daniel Maluf Corrêa, Engenheiro Eletricista responsável pela DMC SOLAR de Batatais, a bandeira amarela na conta de luz é um mecanismo tarifário adotado no Brasil para sinalizar aos consumidores sobre as condições de geração de energia elétrica. “Ela indica que as condições de geração estão menos favoráveis do que o normal, o que pode resultar em um custo um pouco maior para a produção de eletricidade.”, afirma o especialista.
A bandeira amarela foi acionada devido às condições menos favoráveis de geração de energia, como um sinal de alerta. De acordo com o órgão regulador, essa bandeira será acionada em razão da previsão de chuvas no país ser abaixo da média até o fim do ano (cerca de 50%), assim, o crescimento da carga juntamente com o uso da energia elétrica tende a aumentar.
As bandeiras tarifárias são parte de um sistema de cobrança que ajusta o valor pago pelo consumo de energia elétrica de acordo com o custo de geração de energia no país. O estado de alerta da bandeira amarela chama atenção da população para a necessidade de preservar recursos naturais, utilizando a energia de maneira consciente e evitando desperdícios.
Segundo Daniel, os aparelhos que mais consomem energia elétrica geralmente são aqueles que requerem alto consumo de potência ou que ficam ligados por longos períodos, como ar-condicionado, aquecedores elétricos, geladeira e freezer, máquina de lavar roupa e secadora, forno elétrico e microondas, chuveiros elétricos, equipamentos de climatização, televisores e equipamentos de entretenimento, entre outros. “Para reduzir o consumo de energia, é recomendável utilizar aparelhos mais eficientes energeticamente, desligar os equipamentos da tomada quando não estiverem em uso e adotar práticas de consumo consciente da energia, como ajustar a temperatura do ar-condicionado e utilizar eletrodomésticos com etiqueta de eficiência energética “, reitera o engenheiro eletricista.
Com a mudança de bandeira, surgiu, por parte da população, uma preocupação a respeito das chances da Bandeira Tarifária Amarela progredir para a Vermelha, com condições mais custosas de geração de energia elétrica. Embora não seja possível prever com certeza absoluta, existem algumas situações que podem levar à progressão da bandeira amarela para a vermelha. Essas situações incluem baixo nível de reservatórios, condições climáticas adversas e demanda elevada.
“Enquanto a bandeira amarela indica condições de geração menos favoráveis, a mudança para a bandeira vermelha depende de uma combinação de fatores.”, diz o especialista. É importante que os consumidores estejam cientes dessa possibilidade e adotem medidas de uso consciente da energia para ajudar a mitigar os impactos das bandeiras tarifárias mais altas.
O entendimento dos custos faz com os consumidores passem a enxergar como suas escolhas de consumo afetam diretamente o valor da conta de luz. Além disso, é possível buscar por outras fontes de energia alternativas, como a energia solar, que pode reduzir a dependência da energia da rede elétrica, especialmente durante períodos de bandeira tarifária mais alta. “Ao gerar sua própria eletricidade a partir do sol, os consumidores podem estabilizar seus custos de energia a longo prazo e contribuir significativamente para a sustentabilidade ambiental.”, declara Daniel.