Avicultores de Batatais relatam que há pelo menos cinco anos têm sofrido prejuízos por conta da falta de manutenção da rede elétrica. Mesmo levando o problema até a Companhia Paulista de Força e Luz a situação não foi resolvida. Com isso, foi necessário investir em maquinário e geradores de energia, o que refletiu no que o consumidor final paga.
O tema foi inclusive notícia regional nesta semana, onde avicultores relataram as dificuldades. “Nós temos geradores de emergência. Quando a energia termina, o gerador supre automaticamente. Só que os geradores são movidos a óleo diesel, eles têm um preço exorbitante e são para funcionar pouco tempo, ter um reparo de energia”, comentou Francisco Spina, que tem três aviários com mais de 120 mil frangos, em entrevista a EPTV.
Os picos de energia costumam durar por várias horas, o que faz com que os geradores não supram a carga de energia necessária e com que o maquinário não funcione corretamente. “Meu medo é o gerador não aguentar. Já houve dias em que a energia faltou às 5h e só voltou às 19h30. Já tive um acidente no aviário por conta de piques constantes de energia ao mesmo tempo. O painel não reconheceu que precisaria manter minhas placas abertas. Elas fecharam e eu tive a sucção do telhado para baixo”, relatou a produtora Maria Cristina Nardi.
Segundo o advogado do Sindicato Rural de Batatais, Rodrigo Benedini, diversas reuniões entre os produtores rurais da região e a CPFL foram feitas. A companhia se comprometeu a resolver o problema, mas a situação ainda não mudou.
Apesar das queixas e dos prejuízos, a empresa respondeu em nota que fez obras de manutenção, modernização e ampliação do sistema de distribuição da cidade. Afirmou ainda que a qualidade do serviço prestado está sujeita a fatores como tempestades e que está à disposição dos produtores para analisar sugestões que ainda sejam necessárias.