Duas medidas foram anunciadas em favor da classe média essa semana, o Minha Casa Minha Vida Classe Média com financiamentos de imóveis até 500 mil, para aqueles que têm renda mensal entre R$10 e R$12 mil reais/mês; uma visão mais otimista pode chegar a ser até R$ 600 mil. O recurso virá do FGTS se este fundo suportar a demanda a visão otimista pode se consolidar.
O programa é um dos elementos mais significativos do presidente e passará a contemplar na sua totalidade todos aqueles que recebem pouco mais de dois mil reais até quem ganha doze mil. As faixas salariais obedecem a tetos distintos. A construção civil é muito dinâmica e gera muitos empregos na sua cadeia de produção.
A outra notícia foi o lançamento do programa para subsidiar carros zero km, este já em curso, nove grandes montadoras já aderiram ao programa, praticamente todas que conhecemos no mercado. O governo autorizou por intermédio do Ministério da Fazenda a concessão de R$ 1,5 bi para o setor. A distribuição ficou assim: R$500 milhões para automóveis, R$700 milhões para aquisição de caminhões e R$300 milhões para a aquisição de vans e ônibus. A previsão é que o programa acabe rápido demais, algo em torno de um mês.
As montadoras já estão atuando, conseguiram um crédito tributário de R$150 milhões, ou seja 30% do teto e já estão solicitando novos créditos, há critérios para conceder esses descontos: carros mais baratos, aqueles que gastam menos combustível, eficiência energética ambiental e uso de peças nacionais. Caminhões já usaram R$100 milhões (14% do teto de R$700 milhões), ônibus e vans atingiram 30%, já consumiram R$90 milhões do teto disponível: R$300 milhões. Ao atingir R$1,5 bi o programa se encerra, pessoas físicas têm prioridade, mas empresas também podem entrar, vai depender do mercado. Estima-se que 100 a 110 mil automóveis leves deverão ter esse desconto antes do esgotamento dos créditos tributários concedidos pelo ministério.
O setor automotivo, assim como a construção civil, também gera uma formidável cadeia de serviços e produção. Será que o sonho da casa própria com o carro na garagem saiu dos sorteios dos programas de domingão, bingos e loterias e passou a ser realidade? É aguardar para ver. A classe média merece.