A semana para o presidente Lula não foi das melhores, ao receber o presidente da Venezuela Nicolás Maduro, ele municiou seus oponentes desnecessariamente e ainda viu o Congresso Nacional demonstrar a que veio. O Centrão quer governar o país também e tem forças para isso.
O termo “narrativa” empregado por Lula trouxe dubiedades sobre um governo autoritário, com supremacia no executivo que suprime e restringe os direitos individuais. O recebimento protocolar cairia melhor.
Enquanto isso acontecia, no Congresso Nacional o governo perdia mais uma votação, esta do Marco Temporal das Terras Indígenas, antes havia perdido a votação da MP da Mata Atlântica que afrouxa as regras de combate ao desmatamento e já tinha perdido na derrubada de um decreto de Lula sobre o marco do Saneamento Básico. Arthur Lira presidente da Câmara demonstra comando e poder e sabe conduzir as coisas para o seu lado.
Lula viajou e foi importante no discurso da nova geopolítica, mas não tem feito o diálogo necessário que os parlamentares desejam, ele precisa entrar em campo porque o seu governo não consegue nem a maioria dos votos dos partidos que tem ministérios, como é o caso do União Brasil e MDB, alguns partidos do Centrão que eventualmente poderiam votar, não estão votando, uns dizem que a interlocução do Ministro das Relações Institucionais Alexandre Padilha não está nada boa e nem um pouco confiável, isso azeda o caldo político.
Uma das principais reclamações dos deputados é o ritmo lento no processo de liberação das emendas parlamentares, estas que são oxigênio deles. O Centrão não pode ficar sem ar, porque sufocado ele dá demonstrações do que pode fazer. Como dizem em Brasília: “Centrão não é comprado ele é alugado” Lula sabe disso e ainda não conversou sobre o condomínio.