É muito comum que em momentos de crise a primeira ação seja uma reação. Mas com todas as informações que temos em mãos sobre o coronavirus a melhor atitude agora é um controle de impacto.
Nesse sentido, é importante mapear sua extensão dos impactos do coronavirus na cadeia de suprimentos e entender em quais áreas ele é mais intenso e quais são as soluções alternativas.
Uma situação como essa muda tudo, desde a disponibilidade de funcionários até os hábitos de consumo.
E por isso, hoje vamos falar sobre 5 atitudes que você precisa ter em mente para controlar o impacto que já aconteceu e prever as próximas possíveis consequências.
1. Lembre-se das pessoas
As pessoas são a força primária de toda comunidade e dentro das empresas não seria diferente. Elas estão no chão das fábricas, nas transportadoras, nos escritórios e extraindo materiais.
Por isso, em um momento de crise, é preciso oferecer suporte adequado. Afinal, sem pessoas não é possível recuperar o que foi e pode ser perdido, então é necessário repensar práticas.
Atualmente, nos deparamos com restrições de viagens, controles rígidos, fechamento de fronteiras, reduções de equipe e materiais.
No quesito trabalhadores, é essencial ter um plano B focado no trabalho remoto e em outras formas de flexibilizar a presença da sua equipe.
Em relação a consumidores, lembre-se que os hábitos de consumo vão mudar: as pessoas estão dando prioridade para os produtos essenciais. Esteja preparado para lidar com baixas ou excessos.
2. Seus fornecedores são importantes, tenha uma rede deles
Uma cadeia de abastecimento (supply chain) é construída a partir da suposição de que materiais estão livres para ir de um lado a outro do globo livremente, tornando possível extrair, fabricar e distribuir nos locais que tem um menor custo.
Uma crise como a do coronavirus consegue mostrar que essa teoria não é real.
Por isso, é preciso estar alinhado com seus fornecedores em relação ao que é possível entregar e o que ficará deficitário em seu inventário.
E equilibrar o aspecto de demanda e suprimento. Estabeleça um diálogo: será possível construir um estoque para amortecer a crise?
Uma forma de diminuir o impacto nesse sentido é estabelecendo uma rede de fornecedores estratégicos que estejam capacitados para suprir suas necessidades.
3. Entenda suas vulnerabilidades
Se uma empresa depende 100% de um único fornecedor e ele não consegue atender todos os seus clientes regulares por conta de uma crise como essa, então a cadeia é vulnerável.
Aqui também é essencial que você tenha um plano B. Ou seja, conhecer fornecedores locais que possam auxiliar nesse momento ou permanentemente por motivos de segurança.
Essa opção é mais cara, mas diminui os riscos do processo.
Outra solução é diversificar sua rede de fornecedores. Ter vários parceiros oferece o que sua cadeia produtiva precisa e também é essencial neste momento.
4. Precaução é melhor que solução
A crise já está acontecendo, mas seus resultados completos podem aparecer em até 6 meses depois do pico.
É importante que a partir dos impactos atuais você já esteja planejando o futuro. Isto é, você precisa estar preparado para a instabilidade.
Líderes de áreas como RH e financeiro devem se unir para entender os impactos de não conseguir entregar produtos para consumidores. Por isso, conduza exercícios de planejamento e desenvolva planos de ação, a empresa como um todo deve se envolver.
5. Esteja preparado para falar sobre o coronavirus
Em crises como esta é importante entender que informações precisas serão difíceis de obter. Mantenha fontes locais e confiáveis para se manter atualizado da situação.
E quando for falar sobre o assunto, esteja preparado e prepare as pessoas que estarão em contato com o público.
Outra estratégia interessante é criar protocolos para comunicação e tomadas de decisão. E tenha representantes pré-determinados – isso ajuda a estruturar o contato e demonstrar organização.
Boa sorte a todos!
http://www.midassolutions.com.br/blog/coronavirus-supply-chain-managemen