Quem passa pelo Lago Artificial de Batatais tem notado uma presença cada vez mais frequente e numerosa: as capivaras. Os animais, que costumam chamar a atenção pela tranquilidade com que circulam pelo espaço, estão literalmente “deitando e rolando” no local. Porém, o aumento expressivo desses roedores tem despertado preocupação por parte das autoridades municipais e especialistas em meio ambiente.
A população de capivaras vem crescendo rapidamente, devido à alta taxa reprodutiva da espécie. As fêmeas podem ter várias gestações ao longo do ano, com ninhadas que variam de um a oito filhotes, sendo comum uma média de quatro. A gestação dura cerca de 150 dias, e os filhotes nascem bem desenvolvidos, com pelos e dentes permanentes, sendo rapidamente integrados ao grupo.
Embora sejam animais simpáticos aos olhos do público, as capivaras podem representar riscos importantes. Um dos principais é o perigo de acidentes de trânsito, especialmente em áreas próximas ao lago, onde os animais podem atravessar vias de forma inesperada. Além disso, as capivaras são hospedeiras naturais do carrapato-estrela, vetor da febre maculosa, uma doença grave que pode afetar os seres humanos e que exige vigilância constante.
Diante desse cenário, o município precisa implementar medidas de controle populacional, que devem ser realizadas com base em orientação técnica e respeitando as normas ambientais. A proposta é encontrar soluções que equilibrem a segurança pública e a preservação da fauna local.
Enquanto isso, a orientação à população é evitar contato direto com os animais, não alimentá-los e comunicar às autoridades competentes qualquer situação de risco envolvendo os grupos de capivaras no município.






