
Aparentemente bem preparado para o enfrentamento, Bolsonaro sentou no banco dos réus e como estratégia não partiu para ataques diretos nem provocações, usou um tom diplomático o que decepcionou alguns grupos radicais bolsonaristas que acabaram chamando seu líder de frouxo e covarde.
Mas, é compreensiva sua postura colaborativa, o clima agora é para reduzir tensões evitando confronto direto, é suavizar para evitar desgastes midiáticos e escapar de manchetes negativas imediatas. Essa fase é de contenção, então tem que evitar erros, os depoimentos vão servir para construção das futuras narrativas, o desfecho ainda virá pelas provas, perícias e instruções judiciais, aí veremos o objetivo real da estratégia.
Uns negaram tudo (Braga Netto), Heleno preferiu não falar e os outros não sabiam de nada e nunca ouviram falar de nada. É o conluio golpista que agora chegou a hora do “salve-se quem puder”. O processo ainda caminha, deverá se encerrar entre julho e agosto, a expectativa é de condenações, a próxima etapa já é a definição de penas, para o STF (Supremo Tribunal Federal) as provas já obtidas pelos documentos apresentados, como a minuta por exemplo, são indícios suficientes para enquadrar os envolvidos. Acredita-se que a prisão virá, no máximo em outubro, as provas já embasam o julgamento.
Como Bolsonaro mesmo disse: “tivemos que entubar a derrota”, agora é aceitar e se preparar para um eventual pedido de prisão domiciliar, daí a lógica do não confronto agora.
Mas, Jair é sempre imprevisível, ninguém sabe o que passa naquela cabeça, o tigrão virou gatinho do Xandão ou ele está apenas afiando as unhas, ora contraídas?
É aguardar para ver, contudo é bom lembrar uma profecia do guru preferido da família: Olavo de Carvalho, ao que ele disse: “Vai viver da misericórdia dos seus inimigos”





