Apesar da recente inauguração do poço artesiano do Sistema Garimpo, o município de Batatais dá mostras que o problema de falta d’água ainda persiste. Nas últimas semanas foram constantes os cortes no fornecimento para os moradores que residem nos bairros abastecidos pelo Sistema Santa Cruz, cujos reservatórios ficam no alto do Aeroporto, agora integrando o Jardim Canadá.

Para Sumair Diamante, proprietária de Salão de Beleza na Rua das Patativas, no Altino Arantes, o problema vem se mantendo há muito tempo. “Todos os dias a gente está sem água. Com chuva ou sem chuva, 8 horas já não temos mais água. As vezes eles não cortam de dia, mas cortam a noite. Ela costuma voltar as 17 horas. E a conta vem que é uma beleza. Temos um salão e isso nos prejudica muito”, afirmou.

Já para Harry Anderson, que reside na Av. dos Bem-te-vis, no Dom Romeu, o corte de fornecimento de água por algumas horas do dia não é um problema. “Todos temos caixas d’água em casa justamente por este motivo. Portanto, não é algo que prejudique as tarefas domésticas, nem a higiene pessoal de alguém. Além disso, analisando por um espectro mais amplo, de certa forma contribui para a conscientização das pessoas, pois as ensina, mesmo que de forma imperativa, que nem sempre a água potável será um recurso natural tão abundante e disponível como é hoje. Assim devemos cada vez mais preservá-lo e valorizá-lo”.

Segundo informações colhidas por nossa equipe, o consumo tem aumentado de forma considerável e os reservatórios estão amanhecendo com nível baixo, sendo necessário o fechamento por 4 horas, no final da manhã, para que os moradores que residem nas regiões mais altas não sejam ainda mais prejudicados, pois quando ocorre a interrupção eles são os primeiros a ficar sem água e depois os últimos a ter a normalização no abastecimento. A Administração está programando a troca da bomba do poço artesiano 1, do Sistema Santa Cruz, que conta com outros dois poços. A ideia é aumentar a produção, uma vez que com o desgaste dos equipamentos a captação vai ficando menor a cada dia.

Crescimento da cidade x captação de água

Na verdade, tem aumentado o número de residências construídas nos loteamentos novos, como Ipês, Canadá, Veneza e outros, que foram criados nos últimos anos e não foi ampliada a captação de água para essa região da cidade na mesma proporção. A Administração Municipal precisará estudar a redistribuição dos sistemas hoje existentes e, principalmente, seguir com investimentos na área, seja cobrando dos loteadores ou aplicando diretamente o dinheiro arrecadado com a tarifa de água.

A recomendação de momento é para que os moradores economizem água, mesmo sabendo que trata-se de um bem necessário, em especial nesse período de pandemia, onde manter a higienização dos ambientes é de extrema importância.