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Batatais recebe mais de 250 armadilhas para monitoramento do mosquito transmissor da dengue

A Secretaria Municipal de Saúde iniciou a instalação de 252 armadilhas para monitoramento do mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya. A ação faz parte de um esforço para combater a proliferação do inseto na cidade.
Segundo Rogério Tercal, diretor de Saúde, as armadilhas têm como objetivo atrair as fêmeas grávidas do mosquito, utilizando um atrativo sintético de oviposição. Ao entrarem na armadilha, as fêmeas ficam presas a um adesivo, facilitando a coleta e o monitoramento. O processo não utiliza substâncias tóxicas e não afeta a rotina dos moradores.
A instalação das armadilhas é acompanhada pela assinatura de um termo de autorização pelos moradores, que concordam com a visita semanal dos agentes de saúde durante o período de um ano. “A cada vistoria, os insetos capturados são enviados para análise em laboratório, onde são identificados e estudados geneticamente. Esse monitoramento inclui a verificação da virologia do mosquito, identificando se ele está infectado com o vírus da dengue, incluindo seus diferentes sorotipos, e se há presença do vírus da chikungunya”, explica Tercal.
Com os resultados, o sistema gera índices de infestação que ajudam a definir áreas com maior risco de surtos. Com essas informações, a Semusa pode planejar ações de combate mais eficazes, focando nas regiões com maior incidência de casos e circulação viral.
Vale destacar que apenas as fêmeas do mosquito transmitem as doenças, já que os machos se alimentam de néctar e seiva de plantas. Uma fêmea pode colocar até 70 ovos por postura, realizando até 10 posturas ao longo de um ano.

Novidade pode ajudar efetivamente!
São armadilhas específicas para a coleta de ovos. A colaboração dos moradores é essencial para o sucesso do projeto. Ao permitir a instalação das armadilhas nas casas e preservar as armadilhas, os cidadãos contribuem ativamente com a saúde pública e ajudam a proteger suas famílias e a comunidade”, informou.
O uso de armadilhas permite identificar e mapear áreas de risco, possibilitando ações direcionadas de combate ao mosquito de forma eficiente e econômica. Os dados coletados nas armadilhas são enviados para um programa digital, que gera mapas indicando as regiões de maior infestação de mosquitos. Esse mapeamento auxilia a Secretaria de Saúde na tomada de decisão e priorização das ações de combate ao vetor, incluindo mutirões de limpeza, aplicação com bombas costais motorizadas, visitas domiciliares intensificadas, borrifação em bueiros e outras intervenções nos locais de maior positividade de ovos.