A Secretaria de Saúde de Batatais recebeu na quarta-feira, 14 de junho, a confirmação de um caso positivo de chikungunya. O exame realizado em uma paciente do sexo feminino, de 51 anos, teve a coleta feita no dia 17 de maio, e o resultado foi informado nesta semana à pasta. A paciente já se recuperou dos sintomas e encontra-se bem.
Após a notificação do resultado positivo, a Vigilância Epidemiológica foi acionada imediatamente, e a Semusa está reforçando as equipes de saúde para intensificar as ações de prevenção. Está sendo realizado um mapeamento na região de residência da paciente (bairro Castelo) a fim de identificar possíveis focos do mosquito transmissor.
A secretária de Saúde, Bruna Toneti, ressaltou a importância de se estar alerta para os sintomas da chikungunya – como febre alta, dores intensas nas articulações, dor de cabeça, erupção cutânea e fadiga – bem como para os procedimentos para o diagnóstico correto da doença. “É importante buscar atendimento médico ao apresentar esses sintomas. As equipes de saúde estão sendo orientadas a identificar e tratar os casos suspeitos de forma adequada”, disse.
Vale lembrar que a chikungunya também é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo vetor responsável pela transmissão da dengue. Neste sábado (17), quando será realizada mais uma etapa da ação que visa o recolhimento de medicamentos em desuso, as equipes também estarão com a atenção voltada à eliminação de criadouros de mosquitos, desta vez na região da Vila Lopes.
A Semusa reforça a importância da participação da população nessa ação de combate aos mosquitos transmissores, eliminando recipientes que possam acumular água parada, evitando o acúmulo de lixo e colaborando no controle da proliferação do Aedes aegypti.
O que é a chikungunya?
É uma doença viral transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus. No Brasil, a circulação do vírus foi identificada pela primeira vez em 2014. Chikungunya significa “aqueles que se dobram” em swahili, um dos idiomas da Tanzânia. Refere-se à aparência curvada dos pacientes que foram atendidos na primeira epidemia documentada, na Tanzânia, localizada no leste da África, entre 1952 e 1953. Os principais sintomas são febre alta de início rápido, dores intensas nas articulações dos pés e mãos, além de dedos, tornozelos e pulsos. Pode ocorrer ainda dor de cabeça, dores nos músculos e manchas vermelhas na pele. Não é possível ter chikungunya mais de uma vez. Depois de infectada, a pessoa fica imune pelo resto da vida. Os sintomas se iniciam entre dois e doze dias após a picada do mosquito. O mosquito adquire o vírus CHIKV ao picar uma pessoa infectada, durante o período em que o vírus está presente no organismo infectado. Cerca de 30% dos casos não apresentam sintomas.
Transmissão
A transmissão do vírus chikungunya (CHIKV) é feita através da picada de insetos-vetores do gênero Aedes, que em cidades é principalmente pelo Aedes aegypti e em ambientes rurais ou selvagens pode ser por Aedes albopictus. Embora a transmissão direta entre humanos não esteja demonstrada, há de se considerar a possibilidade da transmissão in utero da mãe para o feto. O período de incubação do vírus é de 4 a 7 dias, e a doença, na maioria dos casos, é auto-limitante. A mortalidade em menores de um ano é de 0,4%, podendo ser mais elevada em indivíduos com patologias associadas.
Prevenção
Ainda não existe vacina ou medicamentos contra chikungunya. Portanto, a única forma de prevenção é acabar com o mosquito, mantendo o domicílio sempre limpo, eliminando os possíveis criadouros. Roupas que minimizem a exposição da pele durante o dia, quando os mosquitos são mais ativos, proporcionam alguma proteção às picadas e podem ser adotadas principalmente durante surtos. Repelentes e inseticidas também podem ser usados, seguindo as instruções do rótulo. Mosquiteiros proporcionam boa proteção para aqueles que dormem durante o dia (por exemplo: bebês, pessoas acamadas e trabalhadores noturnos).