Nos últimos dias um grupo de mulheres de nossa cidade tem ocupado espaços na imprensa, e também utilizado das redes sociais, para a Campanha ‘Lactantes pela Vacina – uma vacina salva dois’, pedindo a inclusão das mães que estão amamentando entre os grupos prioritários para aplicação da vacina contra a Covid-19.
Segundo a jornalista Carolina Castro, que faz parte da mobilização, conforme dados científicos e referenciados por diversos órgãos de saúde, como OMS e OPAS, é recomendada a amamentação prolongada até 2 anos ou mais. Nesse sentido, viabilizar a vacinação das lactantes, além do incentivo ao aleitamento materno, trata-se de uma política pública de proteção aos mais vulneráveis. “Ao vacinar as mulheres que seguem amamentando seus filhos, imunizamos uma maternidade que resiste às dificuldades impostas pela desigualdade social e protegemos bebês que também por essa razão estão mais expostos à desnutrição, doenças variadas e baixo crescimento”, destacou.
Já é orientação nacional que lactantes, independente da idade do filho, sejam vacinadas. Já foi comprovado que o leite materno é capaz de passar anticorpos para o bebê e várias cidades do Estado de São Paulo já colocaram as lactantes no grupo prioritário para vacinação contra Covid-19. “Então, diante destas informações estamos questionando porque em Batatais ainda não foi nem discutido sobre o tema. Somos um movimento pacífico que busca a inclusão das lactantes do município no plano de imunização. Não queremos cortar a frente de ninguém, queremos, apenas, proteger nossos filhos. Pedimos à Prefeitura e Secretaria de Saúde de Batatais uma posição”, ressaltou Carolina Castro.
A Secretária de Saúde, Bruna Toneti, disse que reconhece a importância da vacinação das lactantes, mas que não existe vacina disponível, pois o município recebe as grades enviadas pelo Governo do Estado para os grupos específicos. Segundo a Secretaria, conforme Documento Técnico da Campanha de Vacinação contra a COVID-19, décima sexta atualização, de 23 de junho de 2021, não há um grupo prioritário de vacinação específico para mulheres lactantes. O documento autoriza a vacinação às lactantes pertencentes a um dos grupos prioritários que já iniciaram a imunização, mas não entende o grupo como prioritário específico. É por isso que o Estado não determinou uma grade específica para imunização das lactantes. “Estamos cientes da importância de imunização de todos os grupos, mas, infelizmente, não há doses suficientes para imunizar especificamente esse grupo no momento. Isso precisa partir dos órgãos Federal e Estadual”, informou a Secretária.