Os Bancos tradicionais são aquelas instituições financeiras que todos conhecemos, pois nossa geração desde jovem já recebia nossos salários e pagávamos nossas contas mensalmente nestes locais, eu mesmo fui “office boy” e levava diariamente os movimentos aos bancos para pagamentos, depósitos, etc. Ao longo dos anos estas instituições vem evoluindo, os caixas eletrônicos se espalharam pelo mundo, a internet se transformou na porta de entrada para as transações, levando o patamar dos internet Bakings e aplicativos de celulares a uma condição atual muito boa, mas percebam que houve uma grande evolução na forma de se fazer as mesmas coisas, mas nos últimos tempos isso não é mais suficiente.
Bancos digitais
Aos poucos outros conceitos começaram a ganhar força, estou falando dos bancos digitais, que já ganharam espaço cobrando tarifas muito abaixo do que os Bancos tradicionais, ou nem mesmo cobrando na maioria dos casos, e isso tem levado milhares de usuários para estas novas instituições, que dia a dia vem se consolidando. Exemplos: Banco Inter, NuBank, Banco Next, e muitos outros.
Fintechs
Apesar de estarem fazendo um grande sucesso somente agora, as Fintechs existem há muitos anos, empresas como a Enova, fundada em 2003, nos Estados Unidos, já mostrava a preocupação em oferecer serviços financeiros mais ágeis e simples do que os de bancos tradicionais.
Seus objetivos são de fato simplificar operações que em geral são mais complexas no modelo tradicional, oferecendo tecnologia aliando modelo de negócios, são empresas inovadoras, de baixo custo e com o pensamento disruptivo.
Atualmente os Bancos tradicionais entenderam que precisam desta energia para manter seus clientes, e passaram a investir nas Fintechs, sendo apoiadoras deste movimento e por consequência tentando absorver uma parte desta tecnologia em seus modelos tradicionais.
Sucesso
Uma Fintech que adoro chamada PicPay, que agora ficou nacionalmente conhecida, pois foi patrocinadora do BBB e meio de pagamento para doações realizadas nas Lives de muitos artistas nesta pandemia.
Ela foi criada em 2012 por um grupo de amigos que tiveram a ideia de facilitar a vida das pessoas na hora de fazer pagamentos, o PicPay é um aplicativo disponível para Android e iOS que tem milhões de usuários e cresce exponencialmente nos últimos tempos.
Sempre gostei desta Fintech porque ela resolveu um pepino que sempre tivemos na empresa, no futebol, no churrasco e em todos os momentos onde precisávamos fazer uma vaquinha para pagar algo, transacionar pequenos volumes financeiros entre amigos. Você coloca seu cartão de credito no aplicativo, e automaticamente ele cria uma conta virtual para você, suponho que faremos o pagamento de uma pizza de R$ 50,00 reais entre 4 amigos, chato levantar estes valores quebrados, no PicPay é simples, todos enviam o dinheiro para um dos amigos, que paga a pizza, e isso sem brincadeira não leva mais que 5 segundos. Ele abate do seu cartão ou da sua conta virtual caso tenha saldo. Tem tantos detalhes de ganhos que ficaria chato ou longo demais este texto, mas eu uso este aplicativo desde sua origem.
Frustação
O WhatsApp, aplicativo que todo mundo tem em seu smartphone, que usam o tempo todo, é propriedade do Facebook Inc, que é dona do Instagram, outro aplicativo que a maioria das pessoas utilizam, alem do próprio Facebook, fácil de entender a relação direta que existem entre estas plataformas, certo?
Estas plataformas são utilizadas a todo instante para negócios, e nestes negócios são transacionados os pagamentos, e é lógico que eles estariam trabalhando em uma plataforma forte e robusta, que provavelmente mudará muita coisa, para implantar neste ecossistema.
E depois de anos esperando, não é que o Mark Zuckerberg (CEO) anunciou que os primeiros países a receber a funcionalidade de pagamentos via um programa de mensagens (WhatsApp) seriam Brasil, Índia, México e Indonésia, isso ainda em 2020. Fiquei muito feliz com a novidade, pois o Brasil é muito querido no mundo da tecnologia, e isso seria uma especie de retribuição.
Depois de entendido, agora vem a frustração, a novidade foi anunciada no ultimo dia 15, e no dia 23/06 o Banco Central e o Cade (Conselho administrativo de defesa econômica), decidiram barrar preventivamente o acordo entre as instituições financeiras e usuários dos sistemas Visa e Mastercard.
Quem aí é empresário e esta acostumado a pagar altas taxas para as empresas donas de maquininhas?
Existem riscos quando uma empresa viabiliza operações gratuitas de se criar um monopólio, eu entendo isso, mas é melhor seguir com a evolução e dar espaço para concorrência do que bloquear o avanço, e agora assistir ao mundo inteiro inovar enquanto “analisamos os riscos”. Entenderam?
Para terminar uma mensagem da mãe do Anakin Skywalker (Darth Vader) a Sra Shmi Skywalker: “Você não pode impedir a mudança, assim como não pode impedir que os sóis se ponham”