Em meio à pressão inflacionária mais recente no Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu na última quarta-feira, 16/06, elevar a Selic (a taxa básica da economia) em 0,75 ponto porcentual, de 3,50% para 4,25% ao ano.
Este foi o terceiro aumento consecutivo dos juros, na esteira da alta recente da inflação. Com a decisão, a Selic retorna ao patamar verificado em fevereiro de 2020 – antes da pandemia de covid-19. A elevação da taxa de juros também influencia negativamente o consumo da população e os investimentos produtivos.
O Copom fixa a taxa básica de juros com base no sistema de metas de inflação. Neste ano, a meta central é de 3,75%, mas o IPCA pode ficar entre 2,25% a 5,25% sem que a meta seja formalmente descumprida. Para 2022, a meta central é de 3,5% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar de 2% a 5%.
Com os três últimos aumentos da Selic, o Brasil voltou a registrar uma das maiores taxas de juros reais (descontada a inflação) do mundo. O País possui o segundo juro real mais alto do mundo, considerando as 40 economias mais relevantes. Atualmente, o País só registra uma taxa real inferior à da Turquia (+6,44%). Fonte: Diário do Comércio