site logo
  • INICIAL
  • NOTÍCIAS
    • Gerais
    • Política
    • Economia
    • Esportes
    • Saúde
    • Diversão
    • Casos de Polícia
  • COLUNAS
    • Editorial
    • Entrevista
    • Social
    • Recriar-Educação
    • Giro Histórico e Cultural
    • Rapidinhas da Política
    • Luciano Patrocínio dos Reis
    • Claret Jr – Visão Geral
    • Professor Ricardo
    • Alexandre Toledo
    • Luis Carlos Figueiredo
    • Erivelto Manetti – Acervo Digital
    • Claudio Cesar Fernandes
    • Guilherme Esteves dos Santos Moraes
    • Júlia E. S. Moraes
    • Maria Cristina Menezes Valenciano
    • Ronaldo Camargo
    • Sibélius Olivério
  • CAPAS
  • CONTATO
  • ANUNCIE
Homepage > Colunas > Claret Jr - Visão Geral > Assunto inflamável
21 de fevereiro de 2020

Assunto inflamável

Nessa semana, nosso presidente capitão saiu com o seguinte desafio, direcionado aos governadores de plantão: “Se vocês zerarem o ICMS cobrado pelos Estados sobre os combustíveis, eu zero os federais também!”

Bravata? Irresponsabilidade? Proposta inexequível? Ou simplesmente fazer média com o consumidor? Resposta: todas as anteriores, e mais uma, talvez a principal.

Logicamente Bolsonaro sabe muito bem que o próprio governo federal não pode abrir mão da arrecadação de impostos federais que incidem sobre os combustíveis, o que já deve ter sido a ele alertado pela equipe do ministro Paulo Guedes. Muito menos de forma abrupta, sem prévia discussão com os setores envolvidos. Trata-se então de um factoide com outra função bem mais nobre, e mais urgente. Vejamos.

Logo após o presidente lançar o “desafio”, os governadores saíram disparando ataques ao presidente, alegando que seria mais uma proposta populista e sem sustentação do governo federal, que teria como único proposito colocar a população contra os governadores. Isso é verdade em parte, uma vez que realmente os motoristas estão sentindo como nunca o peso de um dos combustíveis mais caros do mundo, portanto, uma redução nos impostos seria bem-vinda nesse, ou em qualquer momento.

Bolsonaro argumenta que quer trazer a incidência dos impostos para as refinarias, e tira-las das bombas, e com isso, obter maior controle dos preços, uma vez que não é de hoje que temos visto que mesmo quando o governo diminui os preços na Petrobrás, essa queda não chega nas bombas.

Mas o principal motivo dessa proposta estapafúrdia do presidente é dividir com os governos estaduais a responsabilidade sobre a alta do preço dos combustíveis, tendo em conta que pesquisas internas encomendadas pelo Planalto apontam que a maioria da população entende que é o governo federal o responsável pelo controle do preço dos combustíveis, e esse ônus estaria pesando sobre a popularidade do presidente. Uma das saídas seria demonstrar para o consumidor que os Estados também têm responsabilidade no preço dos combustíveis, uma vez que cobra uma considerável alíquota de ICMS sobre o produto.

Sabemos que a melhor forma de dar início à resolução desse problema que é o excesso de carga tributária em nosso país, é iniciar as discussões sobre uma ampla reforma tributária nacional, mas até agora o governo federal não mandou nenhuma proposta ao Congresso, que possui duas propostas internas circulando por comissões especiais, sem a manifestação do governo federal. Aí fica difícil.

É o jeito Bolsonaro de governar, aos trancos e barrancos.

Previous StoryTráfico de Drogas
Next StoryConselho da Mulher Empreendedora é uma das boas inovações da ACE Batatais

Notícias Relacionadas:

  • O show da Agrishow
  • Polarização persistente (ainda...)

Copyright ©2019 Jornal da Cidade Batatais |