Olá pessoal, em todos os canais de comunicação sobre tecnologia, o que se lê nos últimos dias são noticias de demissões em massa, e também sobre o rolão que o Elon Musk está fazendo no Twitter, além dos temas que envolvem Bitcoins.
Vou fazer um breve resumo para vocês compreenderem um pouco deste momento atípico.
As primeiras demissões foram percebidas na Amazon, por meio de postagens no LinkedIn de funcionários demitidos, que foi sucedido pelo post de Dave Limp (Gestor da empresa) mencionando o quão doloroso é perder funcionários talentosos. Foram mais de 10 mil demissões.
Mas as demissões foram anunciadas por toda a indústria de tecnologia, o Twitter obviamente, mas Meta (Facebook, WhatsApp, Instagram), Snap, e muitos outros tem seus ex-colaboradores anunciando seu novo status nas redes sociais.
No mundo todo, incluindo o Brasil, mais de 120 mil funcionários foram demitidos de acordo com o site Layoffs.fyi, que acompanha os cortes na área de tecnologia.
É sabido que os motivos das demissões destas empresas são diferentes, mas existem fatores em comum.
Lembro de ter comentado diversas vezes com vocês sobre como os temas que envolvem tecnologia evoluíram muito rápido na pandemia, e isso incluí um otimismo até exagerado, e todas as empresas deste setor aumentaram seus quadros de colaboradores substancialmente. A Meta, por exemplo, contratou mais de 15 mil pessoas neste período.
Sabemos que os anúncios online são a principal fonte de receita para muitas empresas de tecnologia, mas a perspectiva é de tempos difíceis à frente para o mercado de publicidade. As empresas têm enfrentado crescente oposição a práticas publicitárias invasivas.
A Apple, por exemplo, dificultou o rastreamento da atividade online das pessoas e a venda desses dados a anunciantes.
Além disso, enquanto a economia enfrenta dificuldades, muitas empresas têm reduzido seus orçamentos para publicidade online.
Até a Apple sinalizou cautela, com o diretor-executivo Tim Cook dizendo que a empresa “ainda está contratando”, mas “de forma cautelosa”.
A Amazon atribuiu suas demissões a um “ambiente macroeconômico incomum e incerto”, que teria forçado a empresa a priorizar o que mais importa para os clientes.
Um dos fatores adicionais é a pressão dos investidores para cortar custos, acusando as empresas de estarem inchadas e de serem lentas para responder aos sinais de desaceleração.
Em uma carta aberta à Alphabet, controladora do Google e do YouTube, o investidor britânico Christopher Hohn incitou a empresa a cortar empregos e salários.
Elon Musk, que comprou o Twitter demitiu metade dos cerca de 7.500 funcionários da empresa. E, para aqueles que permaneceram, a carga de trabalho ficou muito maior.
De acordo com relatos da imprensa americana na terça-feira (15/11), Musk disse aos funcionários que eles precisavam se comprometer com uma cultura de “longas horas de trabalho em alta intensidade” ou sair da companhia.
Na quinta (17/11), após relatos de que mais de 1 mil trabalhadores teriam optado por deixar o Twitter, os funcionários da rede foram avisados abruptamente que os escritórios da empresa seriam fechados até domingo, mas o motivo para isso não está claro.
Os investidores também consideram insustentáveis os altos salários e as regalias que alguns desfrutam no setor.
Sabemos que estas grandes empresas não estão com dificuldades financeiras, todo este movimento é um ajuste para obter um equilíbrio em todas as áreas de seus negócios, cortando onde se faz necessário.
De fato, tivemos uma bolha de tecnologia durante a pandemia, onde contratações ocorreram aos milhares, os salários foram inflacionados absurdamente, benefícios de todos os tipos foram criados para atrair talentos, e agora o mercado está se acomodando.
Sempre deixo para vocês uma mensagem que considero importante, hoje vai ser uma do Chewbacca de Star Wars: “RWGWGWARAHH HHWWRGGWRWRW.”