Deputado Marcos Pereira liberou mais R$ 800 mil para a sequência das obras
Iniciada em 2020, a obra de ampliação da UTI da Santa Casa de Misericórdia de Batatais ainda segue sem data para ser finalizada e entregue. Segundo a provedora Dalvânia Borges da Costa, desde o início a Prefeitura, em parceria com a Santa Casa, deliberou em ampliar a UTI de 08 para 20 leitos, devido ao aumento da demanda de pacientes com indicação de tratamento intensivo de nossa cidade e região. “O município de Batatais custeou R$ 425 mil para dar início à referida ampliação, com projeto aprovado com mais de 500m². Importante considerar que a construção de área hospitalar, principalmente de UTI, possui um custo muito elevado comparado às demais obras, devido às exigências técnicas e equipamentos específicos. Posteriormente, com auxílio de nosso governo municipal e apoio de vereadores, conseguimos mais valores de apoio parlamentar para dar sequência na obra iniciada, no valor de R$ 1,2 milhão, o que infelizmente não foi suficiente para seu término, pelas razões acima expostas. A título de conhecimento, esse tipo de obra custa em média aproximadamente R$ 8 mil reais o m²”, informou a provedora.
De acordo com Dalvânia, a ampliação da UTI para 20 leitos, já está em torno de 80% concluída, e para finaliza-lá, a instituição conseguiu junto com a administração municipal e os vereadores, mais uma emenda parlamentar do deputado federal Marcos Pereira no valor de R$ 800 mil, sendo que a retomada das obras terá início assim que chegar esse recurso financeiro, o que espera ocorrer ainda neste primeiro semestre.
A atual situação financeira da Santa Casa
A nossa equipe de reportagem também questionou a provedora da Santa Casa, Hospital Major Antônio Cândido, sobre a situação financeira. Dalvânia informou que saúde é imprenscidível e custa caro, e a tabela de valores do SUS não é reajustada há mais de 15 anos pelo Ministério da Saúde. “Com este cenário, nos últimos anos, tornou-se bastante complicado a administração, pois a Santa Casa de Batatais acumula um déficit financeiro médio superior a R$ 300 mil mensais, considerando ainda que a entidade possui um passivo com dívidas bancárias acumuladas, e que são garantidas pelo faturamento do SUS. Por esta razão, sofre descontos mensalmente para a quitação do montante acumulado dessa dívida”, lamentou.
Entre as medidas que estão sendo tomadas, segundo ela, estão o saneamento das despesas com implantação de tecnologia, capacitação dos recursos humanos, melhorias nos processos de trabalho para economicidade das atividades, e também a busca de renegociação dos contratos com tomadores de serviços, procurando aumentar as receitas financeiras, realizando ainda a reestruturação de serviços que antes eram realizados por terceiros. “Um exemplo disso é o serviço de laboratório de análises clínicas, para melhor servir a população batataense, com a disponibilização de equipe técnica altamente qualificada e instalações de equipamentos de alta tecnologia”, afirmou.
A ocupação atual do hospital em termos de internação e cirurgias
O hospital opera com atendimento de acordo com as necessidades. Existem períodos que exigem maior ocupação pela sazonalidade das patologias, porém, a média mensal é de aproximadamente 60% na totalidade assistida, salientando que, em algumas clínicas, a ocupação chega a alcançar de 95 a 100%, em determinados períodos. “Outro exemplo de ocupação e otimização são as campanhas de cirurgias eletivas (Mutirões) e exames preventivos de diagnósticos por imagem, financiados pela Secretaria Municipal de Saúde, procedimentos cirúrgicos e exames realizados com muito sucesso nos últimos dois anos, os quais muito beneficiaram a população batataense. Desde o início de 2022, foram realizadas 1.073 cirurgias de catarata, 181 cirurgias de pterígio, 91 cirurgias de urologia (mutirão pactuado em 2023); cirurgias de artroplastias de joelhos foram 19, 46 cirurgias de quadril, 25.788 exames de ultrassonografia e 8.261 mamografias”, informou.