Sempre gostei de pessoas, desde a infância.  Das flores, confesso, tinha menor predileção. Com o passar dos anos, o amadurecimento, de forma ininterrupta, interfere em nossas crenças e valores, as mudanças são fatais e vitais para que possamos melhorar, como pessoas e espíritos.

Assim, passei a gostar de flores, percebo o quanto alegram o ambiente, esse nos impactam e assim, nosso dia mais colorido, torna-se mais gostoso e melhor. Percebi a semelhança entre flores e pessoas. Existem pessoas que por suas naturezas, como as flores, possuem o dom de nos alegrarem e de fazer com que nosso astral torne-se também melhor, nosso dia, mas leve e alegre.

Há a necessidade de se cultivar relacionamentos, dentre esses os de amizade. Com carinho e cuidado, zelar para que estejamos presentes, manifestando carinho, regando com afeto, podando se necessário, demarcando limites, para que amizades, como as flores, continuem vivas e belas. Assim, nossas vidas estarão mais coloridas e as flores e amizades, saudáveis e prontas a nos ofertar o que tem de melhor.

Com relação também às pessoas e flores, inexiste a possibilidade da vida, da continuidade e da existência gratuita, livre de reconhecimento, dedicação e investimentos. A própria existência do amigo e da flor, necessidade de um querer que o outro exista e ainda mais, que essas existam de forma plena e positiva.  Não quero ter como amigos, pessoas que verdadeiramente não os são. Quero amigos, que como nas diferentes espécies de plantas, não sejam matos ou ervas daninhas. Quero amigos inteiros, que conto com seus auxílios e esses saibam que estou disponível no mesmo grau de inteireza e dedicação. Amigos que gostem de mim, sabendo e entendendo meus pontos vulneráveis. Amigos que me procuram e me permitem e incentivem procurá-los.

Certa vez, escutei uma senhora dizendo: “minha filha tem mais de mil amigos”. Ouvi e pensei: “nossa, tenho quatro amigas”. Orgulhei-me da desproporcionalidade nítida e da qualidade dessas quatro pessoas, que são verdadeiras e juntas estamos há quase trinta anos. Não estamos sempre juntas, somos juntas, essa é a diferença.

Adoro Mário Quintana, principalmente quando diz: “Amizade é amor que nunca morre”. Verdadeiros amigos e flores, não perdem a vida e os viços por causa do tempo permanecem com suas essências e com suas capacidades de encantar nossas vidas e nos tornarem seres melhores e mais alegres e em muitos casos, contribuindo com nossas felicidades.

Adoro pessoas que são flores para mim e flores que as nomeio como pessoas, chamo – as  por nomes pessoais, considerando suas belezas e características, os quais julgo combinar com suas formas, cheiros e perfumes, com suas aparições e desenvolvimentos.

Desejo a vocês, que tenham em suas vidas pessoas e flores,  as quais  façam seus dias valerem a pena.

Pensem nisso!