Em uma imensidão desértica, lá pelos lados da Arábia Saudita na fronteira com o Iraque, diz ter uma região tão quente e sufocante que para transpô-la deve-se estar atento às condições austeras, ser preciso nas ações, além de contar com o imponderável da sorte.
Os que pretendem atravessá-la, beduínos, agentes do governo, militares quando chegam no limite avaliam as condições: a travessia vai durar sete dias e será feita a noite, de dia o sol abrasador é implacável. Água e comida é o que estão levando, os camelos não terão água nem comida, se morrerem morrerão todos. O imponderável. Por isso, poucos arriscam.
Esta longa e exaustiva jornada faz pensar o mês de Agosto que ficou em parte caracterizado pela sua aridez e seus ventos, ora frios, ora quentes, todos sempre secos.
Mês apinhado de narrativas populares, contos de cachorro louco, entre outras, encontra-se a de que o mês tem 31 dias porque o imperador romano Augusto (de onde vem o nome Agosto) quis que seu mês fosse igual ao do seu tio Júlio Cesar (Julho) nem um dia a menos, daí sua extensão.
Noites escuras, lua cheia só no final. Dias de soltar pipas. Voltam as aulas e o país e o mundo continuam passando seus papéis. Quem muda somos nós, uns mais outros menos, mas esta é a única certeza, a que tudo é movimento. Vamos passar mais um Agosto e com ele colecionar mais uma história de vida.