Olá pessoal!
Esta semana li um artigo de Anna Scabello no Jornal Estadão, onde trazia uma visão pessimista sobre o futuro das redes sociais com base na fala do criador do antigo Orkut. Resolvi entender um pouco mais e expandir este tema para trazer esta visão para vocês.
Completando 10 anos sem Orkut, as redes sociais mudaram muito, e nem sempre para melhor. Quando o Google desativou o Orkut em 2014, a internet já não era mais a mesma, e nesses 10 anos, as redes sociais evoluíram (ou involuíram?) para se tornarem mais passivas, profissionais e, em muitos casos, até nocivas.
Lembra daquela época em que você passava horas nas comunidades do Orkut, respondendo tópicos e deixando depoimentos cheios de emojis brilhantes? Pois é, estar no Orkut demandava esforço! Escrever textos, comentar e criar conteúdo fazia parte da rotina. Hoje, com o domínio dos algoritmos, basta sentar, rolar o feed e reagir a qualquer coisa que aparece na tela. Está na moda o conceito de “plataforma de mídia”, como o TikTok, onde o conteúdo é empurrado para você e a interação genuína quase desaparece. Até parece que rede social virou uma versão moderna da TV aberta, só que cheia desafios virais.
Com o Orkut, tínhamos o controle cronológico das postagens, muito diferente da lógica atual. Afinal, estamos tão acostumados com algoritmos nos “servindo” conteúdo que, quando isso não acontece ficamos perdidos.
Mas nem tudo é nostalgia. As redes sociais de hoje se tornaram uma máquina profissionalizada. Ser influenciador virou profissão séria, e o Brasil, com mais de 10 milhões de influenciadores, é um dos maiores polos dessa nova carreira. Isso contrasta com a inocência dos primeiros anos do Orkut, quando a ideia de viver da internet parecia um sonho distante. Hoje, a nova geração entra nas redes com estratégias copiadas e fórmulas prontas, tudo em busca de likes e seguidores.
E, claro, essa “evolução” trouxe efeitos negativos: polarização política, desinformação, cultura do cancelamento e até sérios problemas de saúde mental, especialmente entre os jovens. O caso Cambridge Analytica, os ataques de 8 de janeiro em Brasília e as desculpas de Mark Zuckerberg aos pais de vítimas de bullying no Instagram são exemplos do lado sombrio desse universo.
Ainda assim, o futuro das redes sociais parece caminhar para espaços mais nichados e controlados, onde pequenas comunidades de interesses específicos podem voltar a ter vez, tal como no Orkut. Então, quem sabe, essa nova fase traga uma chance de consertar o que foi estragado pelo excesso de algoritmos e curadoria automatizada.
E você, já sente saudades das suas comunidades favoritas no Orkut? Quem sabe o futuro das redes seja uma mistura nostálgica desse passado mais simples com as tecnologias de hoje!
Para encerrar hoje vou utilizar uma frase do incrível filmes À Espera de um Milagre: “Saber esperar é uma virtude! Aceitar, sem questionar, que cada coisa tem um tempo certo para acontecer é ter Fé!”