A população de Batatais que cresce, com 62.980 habitantes em 2020, segundo o IBGE, vem sofrendo ao longo dos anos com o crítico problema no abastecimento de água. Mesmo com melhoras pontuais, o fornecimento de água é irregular na maior parte do ano, com agravamento no período de estiagem.
A nítida falta de investimento no setor, na proporção em que mais loteamentos e bairros foram sendo liberados, certamente é o ponto fundamental nessa questão. Soma-se ainda o número de ligações clandestinas, que não se sabe a quantidade.
Na última administração municipal, de 2017 a 2020, não foram perfurados novos poços artesianos. Apenas foi colocado em funcionamento o poço do Garimpo, que segundo a própria Prefeitura ainda não foi interligado aos demais sistemas de abastecimento de água da cidade.
É uma das grandes cobranças que agora caem na nova gestão pública, onde Juninho Gaspar e Dr. Ricardinho assumiram o compromisso, durante a campanha eleitoral, de melhorar e organizar todo o sistema de abastecimento de água. O que é preciso deixar claro, é que não será uma tarefa fácil e muito menos rápida para se resolver. Para que a população tenha ideia, apenas na primeira etapa de perfuração e instalação de equipamentos do Sistema Garimpo foram gastos mais de R$ 1 milhão, com uma burocracia para se liberar os recursos junto ao DAEE – Departamento de Água e Esgoto do Estado de São Paulo que levou anos para ser vencida.
Enquanto não se tem recursos, que necessariamente precisarão ser viabilizados junto aos governos Federal e Estadual, a Prefeitura está realizando melhorias possíveis. Nas últimas semanas foi divulgada a implantação de nova bomba de recalque no Sistema Santa Cruz, para aumentar a adução de água para os reservatórios localizados no alto do Aeroporto, e a instalação de novos equipamentos no Sistema Garimpo.
A atual administração também divulgou que fará, a começar em 90 dias do início do governo, uma fiscalização severa a respeito das ligações clandestinas. Além de ser crime, a ligação irregular ou clandestina gera grandes prejuízos para toda a comunidade, uma vez que o cidadão não está pagando pela água consumida e usa sem nenhum controle.
Enfim, a complexidade do abastecimento de água é enorme e caberá a Prefeitura buscar todas as alternativas possíveis para oferecer um melhor serviço à comunidade, ressaltando que o desenvolvimento do município depende diretamente desse setor.