A paixão de Bolsonaro pela mentira está cada vez mais aguda. Agora foi a vez de mentir diante do mundo, seu discurso foi uma ópera bufa, um vexame mundial, ele procurou mostrar um novo Brasil, um Brasil delirante que só a turma do cercadinho acredita e outros que foram abduzidos por valores anti-civilizatórios e regressistas que são seus fiéis e fanáticos seguidores, seu ativo eleitoral.
Em seu pronunciamento ele distorceu e acelerou nossa destroçada reputação, gerando revoltas e demonstrando que ele não é nem um pouco responsável pelo impacto de suas ações. O Brasil de Bolsonaro não existe. Quando ele diz que no seu governo não há um só caso concreto de corrupção; e os casos de corrupção envolvendo sua família e o esquema de propina para comprar vacinas que não existem? Ao dizer que somos campeões na vacinação ele não diz que tentou de tudo para minar os esforços para comprar os imunizantes, ele mesmo não se vacinou o que o fez levar uma enquadrada do prefeito de Nova Iorque, ficou feio, teve que comer pizza na rua e o ministro da Saúde ainda apontou o dedo do meio aos manifestantes e depois contraiu a covid19, deprimente.
Falou que o Brasil da grande imprensa não é real, talvez o seu das fake news seja. Quis passar por um presidente cristão, só defendeu a família tradicional, deixando fora milhões de outras famílias que possuem orientações diversas, sobrou até para os afegãos, de lá ele só quer cristãos e com ressalvas.
Dizer que a Amazônia está intacta e que a nossa legislação ambiental é a mais completa do mundo doeu, ele e o “ministro da boiada”, que teve que deixar o cargo por corrupção, sucatearam e afrouxaram os órgãos as leis ambientais, diminuíram os fiscais e hoje a floresta queima sem a piedade dos seus algozes. Índios vivem em liberdade absoluta? E as invasões armadas de garimpeiros e madeireiros, 39% das vítimas em conflitos no campo são índios, 34% sofreram tentativas de homicídio e 16% são ameaçados de morte.
Defender a cloroquina e ser contra o passaporte da vacina, foi de um negacionismo medieval e teve muito mais insanidades. Tentou disseminar o temor no mundo capitalista falando que afastou o socialismo, mas na verdade ele está com medo da volta de Lula, enfim Bolsonaro é a antítese da esperança, ele não é mais um presidente é um animador de falanges radicais. O mundo sabe que o Brasil não é irrelevante, irrelevante e desprezível é esse presidente.
Bolsonaro está entrando em fase terminal, isso o torna perigoso pois tem pouco a perder, esse seu mergulho sem limites na barbárie fascista nos faz lembrar a frase do romancista e dramaturgo alemão Berthold Brecht: “a porca do fascismo está sempre no cio”. Uma guerra muito suja nos aguarda nas próximas eleições.