Nessa semana voltou a ser muito criticado por comerciantes das imediações e, pela população em geral, o andamento ‘lento’ das obras de contenção de enchentes na Avenida Dr. Oswaldo Scatena. O trabalho no trecho entre a Marechal Deodoro e a Rua dos Expedicionários teve início no mês de julho, sendo executado pela empresa Gram Ab, ganhadora da licitação pública para o fornecimento de materiais e mão de obra necessários para a realização dos serviços.
A Administração, por meio da Secretaria de Obras, Planejamento e Serviços Públicos chegou a informar que até o mês de outubro o trecho estaria liberado, mas já estamos em novembro e mais da metade da obra ainda não foi feita. Pelo que pudemos ouvir diretamente do responsável pela empresa, Luís Barbeiro, no contrato são estabelecidos 12 meses para entrega das melhorias, podendo ser prorrogado por igual período. Agora, com esse impasse e demora na liberação do trânsito, quem vem somando prejuízos são os comerciantes das imediações. Paulo Rizzo, da Droga Lourdes, lembra que iniciaram a obra sem ao menos dar uma explicação sobre a previsão de início e fim. “Nós comerciantes da baixada se quer estamos reclamando das obras necessárias, mas sim do andamento delas. O senhor Prefeito é administrador público e não privado, portanto deve satisfações aos munícipes”, declarou. O empresário Marcelo Ravagnani, proprietário da Villa Motors, disse que há quase 5 meses está com o estabelecimento impedido de funcionar, resultado: 4 demissões. “Descaso mais do que total por parte da Prefeitura e de seus responsáveis. Não sabemos do cronograma, dos valores envolvidos e, o que é pior, sem qualquer planejamento. Isso porque estamos falando da esquina de maior fluxo da cidade”, destacou.
O munícipe André Tofeti, em contato com nossa redação, disse que em sua opinião a Prefeitura foi irresponsável em começar uma obra de tamanha importância para a região central, sem planejamento, nem se quer os comerciantes da região foram comunicados. “Uma obra que tinha previsão de término de dois meses vai se prolongar por vários. Eu estou acompanhando o andamento, fiz até um vídeo do abandono do local e, digo mais, a obra vai parar. No local só vejo os funcionários da empresa que ganhou a concorrência. Não tem acompanhamento diário de engenheiros da Prefeitura. Na primeira chuva o desastre está anunciado. Sabemos que é importante fazer a abertura do canal, mas deveriam se programar, planejar, ter cronograma de etapas a executar. Ali está tudo a Deus dará e não vai resolver o problema das enchentes”, afirmou.
A contratação do serviço é para 101 metros de canal a céu aberto e 58 metros de aduelas fechadas, para as pontes. O valor do investimento, que soma a parcela restante do Ministério da Integração e contrapartida Municipal, é de R$ 2.576.981,60.
O Prefeito José Luis Romagnoli informou a nossa reportagem que ‘a obra em questão está com mais de 50% da canalização concluída e será iniciada a construção da terceira ponte para que a canalização seja finalizada. “Sabemos das dificuldades, mas estamos enfrentando um problema antigo, contamos com a compreensão de todos”, destacou.