Olá pessoal!
Há algum tempo atrás falamos aqui sobre o quanto os podcasts vem ganhando espaço em nossas vidas, pois trata-se de um conteúdo em áudio, disponibilizado em todas as plataformas que tocam músicas, e em alguns aplicativos específicos para este fim. Pode ser ouvido em seu celular, computador, tablet, no carro, e em aplicativos diretos nas Smart Tvs.
O conteúdo é muito amplo, podemos ouvir canais sobre política, religião, sexo, filmes, desenho animado, culinária, viagens tripuladas a lua, e qualquer outra coisa que vier em sua mente fique tranquilo que você vai achar um podcast tratando o tema.
Recentemente eu cheguei em casa e minha filha estava toda empolgada com um podcast que havia descoberto, o quanto ele era intrigante, bem escrito, bem elaborado, e por aí vai. Ouvi atentamente o que ela me falou e coloquei nas minhas prioridades para escuta-lo. Dois dias depois, coloquei no carro indo para o escritório comecei a ouvi-lo, juro que tive muita vontade de dar uns quarteirões a mais para saber como terminaria aquele episódio. Ao chegar na empresa, passando pela recepção encontrei uma galera do marketing falando fervorosamente sobre um podcast que estavam ouvindo. Adivinhem qual era?
Trata-se de um trabalho primoroso do repórter Chico Felitti para a Folha, que investiga o passado de Margarida Bonetti, conhecida como “Mari”, uma excêntrica moradora de Higienópolis, bairro nobre de São Paulo. A tal “Mari” vive em uma mansão abandonada, é foragida do FBI por ter cometido um dos crimes mais terríveis que um ser humano pode cometer.
Eu estava revendo o artigo que enviaria aqui para vocês sobre um outra tema, mas ao analisar o hype que estava rolando sobre este podcast, resolvi mudar os planos e dar destaque a este. Para se ter ideia o google registrou um aumento nas pesquisas em termos relacionados a história acima de 5.000% . Hoje encontrei mais de 15 artigos do dia nos principais meios de comunicação da internet trazendo notícias sobre o podcast.
Eu continuei ouvindo os episódios e cheguei ao fim daqueles que estavam disponíveis, e passei a ser um dos desesperados que fica aguardando um novo, que normalmente são disponibilizados as quartas-feiras.
O motivo pelo qual todos os que se aventuram a ouvir ficam viciados, é porque trata-se de uma história terrível sendo muito bem contada, não apenas pela narrativa, mas principalmente ao ouvir que o repórter foi para os Estados Unidos investigar tudo que aconteceu lá, onde o crime ocorreu. Falar com as pessoas, buscar detalhes e até tentar localizar os personagens deste terrível conto, faz com que não consigamos desgrudar, queremos entender o que aconteceu, como aconteceu, quais as consequências, e por aí vai.
Neste último final de semana, estávamos todos aqui em casa jogando conversa fora quando o assunto do podcast em questão surgiu, imediatamente minha filha contou que está participando de um grupo no Telegram com milhares de pessoas trazendo informações sobre o caso, ela mostrou fotos horríveis da casa de muitos anos atras, o que já era algo desesperador para a época, imaginem como está agora.
Um detalhe muito importante desta casa abandonada é que está localizada em uma das áreas mais nobres do bairro, onde passam poucos carros, tem aspecto residencial e proximidade a parques e shoppings. É uma das poucas casas que sobraram em um dos bairros mais valorizados da cidade.
Segundo um especialista em imóveis, o metro quadrado em Higienópolis custa entre R$ 12 mil e R$ 15 mil. Entretanto, o metro quadrado de um edifício novo pode ter valores mais altos, entre R$ 18 mil e R$ 20 mil. Mas, a casa pode ter perdido parte do valor, devido ao tombamento do entorno.
É uma casa que em seu esplendor representava o morar da elite nos anos 20 e 30.
Fiquei aqui cheio de dedos ao escrever este artigo, pois a vontade que dá é contar os detalhes da história.
Ficou curioso? Bora ouvir!
Hoje ficamos por aqui, e como é de praxe segue uma frase importante para reflexão: “Algumas das melhores lições são aprendidas com os erros do passado. O erro do passado é a sabedoria do futuro.” Criminal Minds.