Batatais, até meados da década de 1870, era uma pequena vila com uma grande extensão territorial, entre os rios Pardo, Grande e Sapucaí, com cerca de 13.500 habitantes – incluindo neste número, a população escravizada e alguns poucos estrangeiros. Vale lembrar que nesse período, Batatais era composta pelos atuais municípios de Sales Oliveira, Jardinópolis, Altinópolis, Brodowski entre outros.
A área urbana do município era rudimentar, considerada segundo Jean de Frans (1939) um “vilarejo humilde do sertão” com cerca de 200 casas, muitas vezes afastadas umas das outras, três praças, poucas ruas e a maioria sem calçamento, sem canalização de água e esgoto escorrendo a céu aberto, evidenciado pela dispersão de seus habitantes.
Ainda conforme descrição de Jean de Frans (1939), “Que seria Batataes naquella época?”, elevada a categoria de cidade em 1875 tinha:
“Os casarões acaçapados, de largos beiraes, argas janellas e portas largas de uma só folha. Apenas três sobrados (…).
Cidade mal iluminada, nas noites sem luar, por escassos lampeões de luz bruxoleante. As vias publicas limitavam-se a cinco largos e poucas ruas: _ o centro, o coração da cidade, era o largo da Matriz, amplo rectangular, tendo no centro, fazendo frente para a entrada da povoação, a igreja deselegante e chata, com duas torres esguias, rodeada de coqueiros e com enormes cruzeiros na frente e nos fundos; (…).
Não havia canalisação d’agua, nem mesmo aquelles pequenos regatos que a Municipalidade fizéra em outros tempos serpear pelos quintaes, com os seus “anneis” e as suas “bicas”, precursores das pennas d’agua e das torneiras: _ era o poço, ou melhor, a cisterna, profunda, com o caixão, o sarilho e o enorme balde. Sargeteadas, somente a rua do Commercio, na parte entre o largo e a rua do Theatro, esta num pequeno trecho e a Municipal, até o corrego. O passeio, quando havia, era de pedras brutas, mal ajustadas. As praças apresentavam um labyrintho de “trilhos”, cruzando o grammado immenso.” (FRANS, 1939, p.116-118)
Tínhamos um incipiente comércio urbano e uma diminuta indústria doméstica, vinculados às atividades de subsistência, criação de gado e porcos e ao plantio de cana-de-açúcar. A produção de toucinho chegava a cerca de 20.000 arrobas e a única fazenda a dar início ao cultivo de café na época foi a ‘Fazenda Fortaleza’ – situada no atual município de Altinópolis – de propriedade de Antonio Garcia de Figueiredo.
Quanto à população estrangeira, no período citado, conforme recenseamento de 1872, Batatais tinha espalhado por todo o extenso município, alguns poucos moradores de outras nacionalidades, a saber: portugueses, 25; italianos, 8; franceses, 6 e inglês, 1; além dos moradores de origem africana, computados na população escravizada, 168.
Uma década depois, em meados de 1880, o que transformou a realidade do município foi a efetiva chegada da cultura cafeeira agroexportadora no nordeste paulista – graças a alta fertilidade do solo, do aumento do consumo e aos preços internacionais favoráveis -, tornando-se a maior fonte de renda da região até meados da década de 30 do século XX.
Para o ano de 1886, a nossa região apresentava produção de café, correspondente a quase 22% da produção da província, o que a colocava em 3º lugar entre as regiões produtoras de São Paulo.
A fim de sedimentar o empreendimento da cultura cafeeira, novos caminhos foram abertos na região pela Estrada de Ferro da Companhia Mogiana, facilitando o escoamento da produção cafeeira regional até o Porto de Santos.
Sobre as modificações operadas em Batatais com a chegada da ferrovia no ano de 1886, Maria Stella Dutra (1993, p.14) expõe:
“O ano de 1886 representou um momento pontual de significativas transformações, sob todos os aspectos da vida batataense. O grande acontecimento foi a inauguração da Estação Batatais da Ferrovia Mogiana, que contou com a presença dos imperadores Dom Pedro II e sua esposa dona Thereza Christina, e para o qual Batatais se preparou, construindo pontes, tratando ruas e praças, providenciando suas nomenclaturas e a numeração dos edifícios, estabelecendo a iluminação a querosene e construindo um matadouro. Com a chegada do trem, o café já ocupava lugar destacado no plano econômico, iniciou-se uma acelerada expansão urbana, ligando o centro da cidade à estação ferroviária, distante 2,5 Km.”
No ano de 1886, com a introdução em maior escala da lavoura cafeeira e a chegada dos trilhos de ferro, o município-sede Batatais, contava com 7.980 habitantes. Somando-se os habitantes dos distritos de Jardinópolis, Nuporanga, Altinópolis e Brodowski esse número sobe para 19.915 pessoas: um salto no aumento da população batataense, comparada a década de 1870.
Em 1886 foram registrados, 1.372 escravizados nacionais e 620 estrangeiros residentes por todo seu vasto município, a maioria de trabalhadores rurais: austríacos, 207; italianos, 160; portugueses, 129; africanos, 52; franceses, 26; alemães, 15; espanhóis, 12; ingleses, 2 e de outras nacionalidades, 17.
Esse número de braços nacionais e estrangeiros para a lavoura ainda não era o bastante para a demanda de mão-de-obra nas promissoras fazendas de café locais; tanto que, nesse mesmo ano, constatou-se “interesse da própria municipalidade em receber grupos de imigrantes para as lavouras de café.” (ACMB, 23/07/1886)
O fato é que, em 1889, o número de imigrantes não era numeroso o suficiente para prover a necessidade local de mão-de-obra rural com a expansão da cafeicultura. Conforme ofício enviado ao Governo da Província de São Paulo em 13.06.1889, a municipalidade solicitava ao Governo Provincial a remessa de colonos devido à falta de “braços para o trabalho.”
Em resposta ao ofício enviado, o Governo Provincial respondeu que “para esta localidade podem ser enviadas as famílias de imigrantes existentes na hospedaria desta Capital, uma vez que essa municipalidade tenha meios de estabelecer um alojamento para recebê-los e dar-lhe sustento até que encontrem os mesmos a necessária colocação, (...).” (ACMB, 26/07/1889). Porém, não houve o acolhimento a esses imigrantes da forma proposta acima.
Para além do movimento imigratório para o ambiente rural, a presença imigrante na área urbana fazia-se perceber, mesmo que timidamente, antes mesmo da chegada da ferrovia. Com a expansão da cultura cafeeira e sua conseqüente diversificação econômica, há o aumento gradual de grupos populacionais estrangeiros vivendo na cidade.
Os estrangeiros de origem portuguesa, francesa, inglesa, austríaca, italiana e sírio-libanesa formam os primeiros grupos estrangeiros a também sobreviverem no ambiente urbano, viviam como pequenos comerciantes de fazendas, molhados, secos, gêneros da terra, aguardente, bilhar e hotelaria ou viviam de seus ofícios ou mesmo como vendedores ambulantes; todos, ajudando a transformar, de forma gradual, o espaço urbano.
Registra Jean de Frans (1939) que em 1872 deu-se na cidade de Batatais a primeira naturalização de um estrangeiro de nacionalidade italiana, que acreditamos ter sido um desses: o sr. Pedro Mascagne (negociante, hoteleiro, maçom e vereador) ou o sr. Eduardo Sprocatti (joalheiro e relojoeiro) ou o sr. Egydio Zaccara, considerados os italianos mais antigos, que se tem notícia, a morarem no centro urbano local.
De acordo com Carlos de Almeida Prado Bacellar e Lucila Reis Brioschi (1999, p. 153):
“A transformação econômica da região incentivou os movimentos imigratórios internacionais, além de estimular movimentos migratórios no contexto local, regional e nacional e fez inchar os núcleos urbanos das zonas cafeeiras. Atraídos pelo sucesso econômico do café paulista, homens sós e famílias das mais variadas origens e ocupações dirigiam-se para a região, em busca de melhores oportunidades na vida.”
Jean de Frans (1939, p.122-123) apresenta um quadro da transformação urbana operada em Batatais com a economia cafeeira em 1889:
“Possuía Batatais, quando da Proclamação da República, 2 açougues, 4 alfaiatarias, 1 salão de bilar, 1 salão de barbearia, 7 capitalistas, 3 advogados, 2 engenheiros, 4 médicos, 6 oficinas de carpintaria, 3 marceneiros, 2 bandas de música, 13 engenhos de serra, 7 engenhos de cana, 1 entalhador, 11 casas de fazendas, armarinhos e ferragens, 1 fábrica de cerveja, 3 ferrarias, 1 fogueteiro, 3 funilarias, 11 casas de gêneros da terra, 1 hotel, 9 casas de secos e molhados, 6 máquinas de beneficiar café, 4 olarias, 3 ourives, 2 padarias, 3 farmácias, 3 selarias, 2 ferradores, 2 trançadores, 4 guarda-livros e 1 tipografia.”
Todas essas transformações necessitavam ser acompanhadas de melhoramentos na urbanização e no saneamento básico, o que a princípio não aconteceu no município. Robson Mendonça Pereira (1998, p.192) oferece uma descrição do que ocorria:
“A paisagem de Batatais no início da República não diferia das demais cidades do interior. Não havia água encanada nem sistema de esgoto nem calçamento, cães vadios infestavam as ruas esburacadas e por elas vagavam cavalos e gado de todas as espécies. Nesse panorama lúgubre e carente de medidas higiênicas era comum a existência de varíola e febre amarela (…).”
No início da década de 1890, passados cerca de uma década da introdução do café na região, os maiores centros produtores de café eram Ribeirão Preto, São Simão, Franca, Ituverava, Jardinópolis, Batatais, Cravinhos entre outros. Todos municípios da Alta Mogiana.
A transformação da Alta Mogiana em eixo da cafeicultura em expansão de São Paulo foi sentida no resultado do recenseamento de Batatais, publicado entre 1898 e 1899. Os números davam conta de um crescimento demográfico vertiginoso, com a população praticamente triplicada no fim do século XIX, fato observado na maioria dos municípios paulistas cafeicultores.
Comparando-se os dados do censo de 1886 ao censo de 1896, verificou-se um aumento maciço do número de imigrantes – sobretudo italianos – que na década de 90 chegou a constituir quase a metade da população, fruto da expansão cafeeira que demandava maior emprego de mão-de-obra em Batatais e na região. (tabela 1)
Comparados ao recenseamento de 1886, os registros da população recenseada em Batatais, na década de 1890, permitem avaliar que ocorreu o aumento representativo da população imigrante. Se em 1890 a população estrangeira computada era de 984 pessoas (excluídos os descendentes), o que representava 8% da população total do município, 12.438 pessoas; em 1896, 43,5% do total da população recenseada eram de pessoas originárias de outros países europeus, subindo para 7.470 estrangeiros, em sua maioria de origem italiana.
Constatou-se, então, pelo recenseamento realizado no município, iniciado em 1896, que predominavam os imigrantes italianos (35,4%), seguidos pelos austríacos (3,2%), espanhóis (2,6%), portugueses (1,8%) e os demais (menos de 1%) compostos por suíços, franceses, argentinos, alemães, ingleses e sírio-libaneses. Nas palavras do intendente municipal à época, Washington Luís, “1/3 da população local é imigrante, sobretudo italiana”. (tabela 2)
No ambiente urbano, registrou-se 3.637 habitantes (1.870 homens e 1.767 mulheres), onde, 2.453 eram brasileiros e 1.184 eram estrangeiros, dos quais, eram italianos, 1.077; e outros estrangeiros, 107. Quanto à idade, constatou-se que a grande maioria era constituída por jovens e adultos, entre 7 a 50 anos: 2.584.
Podemos afirmar que foi após os anos de 1890, que Batatais recebeu o maior número de imigrantes, a maioria para o mundo rural. Oficialmente em 1892, 476 imigrantes e em 1897, 2.168. As consequências do aumento da imigração nos últimos 10 anos do século XIX para a região, podem ser avaliadas no recenseamento de 1896.
Em 1896, Batatais contava com 17.714 habitantes, dos quais 9.704 eram nacionais (incluindo-se os filhos dos imigrantes), 6.081 eram italianos e 1.389 eram de outras nacionalidades. Nota-se que dos habitantes estrangeiros, a maioria continuou sendo de origem italiana.
Outra análise que pode ser feita, foi o crescimento imobiliário no centro urbano, com base nos impostos prediais pagos para os anos entre 1892 e 1898. Em 1892, a cidade de Batatais possuía 420 prédios urbanos; em 1893, 483 prédios; em 1894, 523 prédios; em 1895, 556 prédios; em 1896, 623 prédios e 800 prédios em 1898.
Esse aumento foi percebido também nos distritos de Batatais: em Mato Grosso dos Batatais (atual Altinópolis) de 1892, com 77 casas e em 1896 com 97 casas; e, em Jardinópolis com 125 casas em 1892 e em 194 casas em 1896. (A LEI, 17/04/1897; ACMB, Relatório do Intendente, 1898)
Nesse período e nas décadas posteriores, com a expansão da economia cafeeira, percebe-se nas falas da elite política e agrária que aparecem nos documentos oficiais e na imprensa local as primeiras referências à cidade moderna, portadora de novos benefícios para todos os seus habitantes e para o desenvolvimento do país.
“A cidade embelleza-se dia a dia, sua população aumenta sensivelmente; a viação dos veiculos cresce; tudo enfim, demonstra progresso adiantamento, é preciso, pois, que as ruas e praças, em geral largas e grandes, deixem de ter aspecto que faz desmerecer muito a sua belleza natural.” (A PENNA, 30/12/1898)
O Café, a Ferrovia e os Imigrantes foram os responsáveis diretos pela expansão, desenvolvimento e modernização de toda a região da Alta Mogiana, multiplicando toda a sorte de atividades complementares; transformaram a cidade, possibilitando o crescimento de seu setor de comércio e de serviços, com sinais de urbanização e crescimento efetivos e a instalação funcionamento de inúmeros serviços urbanos: correio, telégrafo, teatro, clubes, escolas, iluminação a gás e jornais, como também aumentaram a parte da população que extraía renda das atividades urbanas.
Robson M. Pereira (2017, p.153) explica essas modificações na configuração urbana trazidas pelo café, a ferrovia e os imigrantes:
“Além das modificações no universo da cultura material com a introdução de novas tecnologias, como o telégrafo, o fonógrafo, o gramofone e, mais tarde, o telefone e o automóvel, aglutinam-se elementos simbólicos representados pelos imigrantes, que trazem consigo hábitos e profissões desconhecidas naquele sertão que começa a se modernizar. Para exemplificar, os novos materiais construtivos empregados na feitura da estação ferroviária de Batatais, obra iniciada em 1885, trouxe consigo o primeiro exemplar da nova arquitetura de tijolos, como as telhas francesas, os gradis de ferro, as vigas de aço importado. Os potentados locais desejando melhorar suas antigas residências de taipa e adobe contrataram mão de obra imigrante especializada, geralmente italiana, a única disponível para lidar com esses novos materiais.”
Ao longo desse período, entre 1896 a 1911, a população de Batatais continuou a crescer, o que é nítido pelo recenseamento realizado pela própria municipalidade em 1911, conforme dados coletados na Gazeta de Batataes de 22/10/11. Todo o município contava com um total de 27.341 habitantes, dos quais ¾ residiam na zona rural, 20.920.
Desse total de habitantes, praticamente a metade da população apresentada, 14.555 (incluindo os descendentes europeus) residia no município sede, ou seja, Batatais, sendo 10.225 moradores da zona rural e 4.330 moradores urbanos.
A localidade distrital de Altinópolis era composta por 5.861 habitantes, sendo 5.009 encontrados na zona rural e 852 moradores urbanos e o distrito de Brodowski com 6.925 habitantes, sendo 5.686 provenientes da zona rural e 1.239 moradores urbanos.
Esse recenseamento indicou a nacionalidade dos 20.920 habitantes da zona rural (computados todos os distritos): brasileiros (incluindo os descendentes de imigrantes), 15.947; italianos, 3.727; espanhóis, 638; portugueses, 417; austríacos, 145; alemães, 28 e outras nacionalidades, 18. As populações rurais masculinas foram significativamente maiores para Batatais e Altinópolis (tabela 3).
Para os núcleos urbanos também foram notificadas as nacionalidades de seus 6.421 moradores no conjunto, dos quais, 5.187 eram brasileiros; 928 italianos; 104 portugueses; 43 espanhóis; 132 sírios; 16 austríacos; 6 alemães e 5 de outras nacionalidades.
Para além dos dados populacionais, os resultados obtidos para o ano de 1911, mostraram alguns aspectos da economia da cidade de Batatais, como o desenvolvimento da industria manufatureira, o valor e a área das propriedades agrícolas, áreas cultivadas com produção de café, produção anual agrícola discriminada, áreas em matas, número de casas existentes nas propriedades rurais, bens de colonos etc.
“(…) Em Batatais existiam 6 olarias; serrarias, 13; máquinas de beneficiar arroz, 8; máquinas de beneficiar café, 22; engenhos, 30; oficinas de ferreiros, 7; e outras diversas oficinas, 114; cafeeiros, 4.460.894 pés; canaviais, 392 alqueires (2.607 toneladas, açúcar, 671 sacas; aguardente, 194 ½ quintos); queijos, 6.650 gados bovino, 22.987; suíno 6.161; 5.137 sacas de arroz; 1.283 sacas de feijão e 11.327 sacas de milho (…).” (GAZETA DE BATATAES, 22/10/11)
Durante os anos de 1890 a 1920, Batatais esteve no auge do seu crescimento econômico, político, cultural e populacional. Nesse período, a municipalidade local investiu em obras de embelezamento e infraestrutura urbana e estabeleceu algumas regras básicas para a expansão da área urbanizada, determinando larguras de vias e calçadas e a regularidade de seus traçados, além de estabelecer padrões de construção para as edificações privadas. Foram construídos e/ou reformados vários edifícios públicos e o casario privado ganhou novas feições. (DUTRA, 1993; PEREIRA, 1998)
A seguir, a visão de um fazendeiro mesclada à opinião de um jornalista, ambos da vizinha de Jardinópolis, antigo distrito de Batatais, sobre o bem-estar e progresso de nossa cidade na primeira década do século XX em relação à estrutura e melhoramentos urbanos:
“Após 100 anos de estacionamento Batataes desandou a progredir, disse-nos há dias, um culto e intelligente lavrador de Jardinópolis. Concordei que Batataes progredia, lembrando-me da rápida visita que fiz à vestuta cidade, não há muito, chamado até lá para um negócio urgente. Batataes é uma cidade asseada, com iluminação electrica, dispondo de alguns bons edifícios, de praças ajardinadas, centro telephonico etc. o serviço de carros de praça é muito bem feito e esses vehiculos são irrepreensivelmente asseiados e os cocheiros urbanos e atenciosos. Terra branca, clima ameno. População laboriosa e ordeira. O paço municipal é um brinco. Absoluta limpeza e ordem. Mobiliário rico e de bom gosto, de estilo severo e simples. Repartições muito bem instaladas em salões amplos, fartamente ventilados e iluminados. No gabinete da prefeitura um moço affável, de physionomia symphatica, revelando atividade e energia, dá ordens, despacha, delibera, attende e comanda, sem hesitações. É o timoneiro de Batataes a conduzir a cidade ao porto do progresso.Recebeu-nos amavelmente o dr. Arlindo Lima, é um cavalheiro de fino e fidalgo trato. (…) Batataes tem um excellente Grupo Escolar inaugurado a 04 de junho deste anno, um bom posto zoothecnico, a cargo da prefeitura está com o emplacamento das ruas quase concluído, vai ter em breve rede de esgotos, cuja planta já foi organizada pelo dr. Geribello, além de muitos outros melhoramentos executados ou em execução. Foram extrahidos os chiqueiros nos quintaes, e uma taxa elevada sobre os degraos de portas, dando para a rua, e sobre frentes de prédios sem passeio está obrigando os proprietários a remover aquelles e a construir esses.
O serviço de recenseamento foi concluído, denotando um notável progresso; e muitas medidas administrativas e financeiras têm sido tomadas com enorme proveito para a cidade. Acha-se aberta a concorrência para a iluminação electrica de Matto Grosso de Batataes. (…) É excelente o estado sanitário. As condições finceiras optimas. A instrucção publica bem cuidada bem cuidada. Há ordem, moralidade e zelo em todos os serviços públicos. Dois semanários, bem redigidos, ‘Gazeta de Batataes’ e ‘A Cidade’, servem ao elemento intelectual da cidade. Pousada em suas collinas verdejantes, banhada de sol claro e quente, a impressão que nos dá a cidade é optima. E conhecendo os dados que ora transmitimos ao público podemos roborar a asserção do lavrador culto e inteligente de nosso município: _ ‘Batataes entrou de progredir velozmente, vertiginosamente.’” (GAZETA DE BATATAES, 03/12/1911)
Na década de 1920, ocorreu um declínio dos movimentos imigratórios e o número de estrangeiros natos nas cidades do interior reduziu bruscamente, em paralelo ocorreu um aumento no número de descendentes entre a população da cidade.
No recenseamento de 1920, em Batatais (sem ter nenhuma localidade distrital), os estrangeiros eram em número de 3.311 – incluídos os estrangeiros naturalizados – para uma população de 21.809 habitantes. A população era composta por 14.078 brasileiros, 1.859 eram italianos, 302 portugueses, 248 espanhóis, 25 sírios, 15 alemães, 14 austríacos e 79 de outras nacionalidades. Incluindo outro grupo populacional, os asiáticos, no caso, 160 japoneses. A maioria da população imigrante, neste período, ainda se concentrava nas áreas rurais.
A lavoura cafeeira não deixou de ser a economia predominante nesse período. A decadência da economia cafeeira da década de 20 no mercado mundial, não diminuiu a produção na região de Batatais e de Ribeirão Preto, ao contrário, aumentou. Em 1920, a produção era de 102.200 arrobas de café e para o ano de 1935, 271.614 arrobas, aumentando também a população.
Sendo assim, podemos concluir que a expansão da cafeicultura, da ferrovia, do fluxo migratório e imigratório, desempenhou papel fundamental no processo de dinamização e configuração socioeconômica da população residente em Batatais e em todo o interior paulista, abrindo novas oportunidades no mercado de trabalho aos estrangeiros imigrados, para além das atividades rurais.
“(…) é possível constatar a diversidade de espaços ocupados pelas correntes populacionais que chegaram ao município. Mineiros, italianos, japoneses, portugueses, sírios e libaneses, além de outros grupos e seus descendentes, estão espalhados pela cidade, não havendo um bairro ou uma região específica da cidade onde este ou aquele grupo prevaleça. Embora Batatais constitua um meio urbano integrado por grupos de origens diversas, são os italianos e seus descendentes que têm uma presença ostensiva.” (BASAGLIA, 2002, p. 5)
Com isso, os imigrantes passaram a responder pelas transformações nos hábitos e costumes cotidianos da sociedade paulista, procurando desenvolver uma vida em comum, dentro das suas possibilidades. Essa ‘nova’ população deu a todo Estado de São Paulo novas funções e feições, não sendo diferente em Batatais.
1899 – LISTAGEM NOMINAL DE IMPOSTOS A PAGAR SOBRE OFÍCIOS, SERVIÇOS E PREDIAL DO MUNICÍPIO DE BATATAIS DE ESTRANGEIROS, SOBRETUDO ITALIANOS E SEUS DESCENDENTES – RETIRADOS DO JORNAL A PENNA DE 21 DE DEZEMBRO DE 1899
(conforme grafia da impressão)
Adolpho Vietti – predial, Affonso Ricci – negociante, Agabito Liparelli – negociante, Alberto Biava – relojoeiro, Aleixo Paschoa, Alexandre Savegnano – negociante, Angelo Maestrello – negociante, Angelo Fellipini – negociante, Angelo Cavarcão – negociante, Angelo Gaeta – sapateiro, Angela Tamberini, Anunciatto Meringolo – negociante, Anselmo Tait – agrícola, Anselmo Sacci – fábrica de licores, Antonio Bernardo, Antonio Cardini – agrícola, Antonio Carignani – negociante, Antonio Cocenzo – negociante, Antonio Fiorito – predial, Antonio Lança agrícola, Antonio Lazzarini – predial, Antonio Matheus – agrícola, Antonio Natali – predial, Antonio Perroni – alfaiate, Antonio Ricci – barbeiro, Antonio Semeoni – fábrica de cerveja, Antonio Trovoada – predial, Antonio Zanetti – agrícola, Archangelo Leovizzotti – predial, Arthur Marcola – oficina de funileiro, Arthur Scatena – negociante, Astolpho Ciello – predial, Attillio Pilotto – agrícola e predial, Augusto Carpanella – ferreiro e predial, Augusto Fabri – alfaiate, Badin Benevenuto – sapateiro e predial, Balthasar Spagliari – predial, Baptista Borsoleto – predial, Luis Batelli – predial, Benedicio Munari – predial, Bergamo Domingos – negociante, Bonfá Luis – negociante, Borsato Domenico – predial, Budini José – agrícola, Carnova Angelo – sapateiro, Carlos Carrili – predial, Carlos Franzoni – predial e negociante, Carlos Gelardini – marcenaria, Carlos Gerardi – agrícola, Carlos Sebastião – fábrica de cerveja, Carmino Ceruto – negociante e predial, Cassanato Romano – agrícola, Cassiano Jacopetti – predial, Cesar Franceschi – fábrica de macarrão, Cesario Ordini – capitalista e predial, Cesira Vietti – modista, Romeu Cauracci – livraria, vidracia e predial, Cortinobrez José – predial, Daniel Tambellini – predial, negociante e olaria, Domingos Bove – barbeiro, Domingos Galanti – barbeiro e predial, Domingos Janarelli – fábrica de licores e predial, Domingos Trida & Filho – agrícola, Domingos Valenti – predial, Eduardo Sprocatti – relojoeiro, Egydio Zaccari – funileiro, Emydio Bradaschia – funileiro, Emydio Bruno – pedreiro e predial, Erminio Lazarini – restaurante e agrícola, Eugenio Trambagnoli – predial, Ezequial Carnevali – alfaiataria e predial, João Fantacine – predial, Felippe Casella – restaurante e predial, Felippe Raymundo – predial, Feliz Assade – negociante, Fioco Gaspar – ferraria, Fioravante Quaglio – predial, Forlani Escules – fábrica de cerveja, Fortunatto Ricci – sapateiro, Francisco Arconero & Irmão – fábrica de cerveja, Francesco Angrisani – marcenaria, Francisco Arcoasse – negociante, Francisco Benevenuto – predial, Francisco Bradaschia – predial, Francisco Del Carlo – ferreiro e predial, Francisco Grocio – predial, Francisco Laurindo – negociante, Francisco Lavagnoli – predial, Francisco Murani – negociante e predial, Francisco Novielo – predial e barbeiro, Francisco Zapparoli & Cia – agrícola, Gabriel Cerri – alfaiate/predial e agricola, Giacomo Bosic – alfaiate, Giacomo Caroli – negociante, Giacomo Ceribelli – negociante e predial, Giacomo Violin – agrícola, Ghiotto Luis – agrícola, Graziani Francisco – refinação de açúcar, Gregorio Gabos – relojoeiro, Hnes Sper – negociante, Hypolito Catapani – negociante, João Pitanguy – agrícola e predial, João Antoniassi – agricola, João Cantarelli – agricola, João Gato – predial, João Giacomini – barbeiro, Giacomini 7 Cia – agrícola, João Liparalli – negociante, João Maestril – padaria, João Montana – predial,João Pdero Abrahão – negociante, João Pizza – padaria, João Palo – agrícola, João Pontes – relojoeiro, João Raphael & Cia – negociante, João Riccold – predial, João Vicentine – agricola, João Ximene – negociante e predial, João Lucas Magdaleno – predial, Jorge Mathias –predial, Jorge Suaid – negociante, José Antonio Arabe – negociante, José Balares – sapateiro, José Drosghic – padaria e predial, Felix Paschoal – negociante e predial, João Fusco – predial, João Janelli – predial, José Matheucci – negociante, Joãp Naslausey – negociante, João Pedro Jorge – predial, José Quaglio – negociante, José Quecchia – predial, José Savares – pedreiro, José Zampieri – empreiteiro de obras e predial, Julião Thomaz – negociante, José Lazzarini – predial, Lourenço del Piccola – agricola, Lucia Petrarchi – hotel, Lucia Torquato – predial, Luis Bertoleti – agricola, Luis Catapani – predial, Luis Dima – predial, Luis Fazzioni – agricola, Luis Lupato – ferraria, Luis Martini – negociante, Luis Masson – sapateiro, Luis Mev – negociante, Luis Morlin – predial, Luis Pazzeto & Cia – agricola, Luis Sibini – predial, Luis Sienni & Cia – agricola, Luisa Bruno – predial, Lysandro dal Poggeto – restaurante, Montoan Augusto –predial, Mansueto Orsolini – predial, Manoel Leandro – predial, Marcelo Camparini – agrícola, Marieta Paglia – predial, Mariano Avando – predial, Mazzaroni Luis – predial, Miguel Capano – negociante, Miguel Parenti – ferraria e predial, Miguel Puccinelli – fábrica de cerveja e predial, Miguel Raphael – negociante, Naleisco José – negociante, Natali Fabri – fábrica de cerveja, Nicolau Faraco – negociante, Nicolau Fillipini – negociante, Nicolau Ferranti – predial, Nicolau Palmieri – predial, Olyntho Luchesi – alfaiate, Paschoal dal Picola & Zanetti – agrícola, Paschoal Luis – negociante, Paschoal Montiangelo – predial, Paschoal Pipa – marcineiro, Paulo Scatena – negociante e predial, Pedro Bianco – negociante, Pedro Bruneli – agrícola, Pedro Carrão – predial, Pedro Cuque – predial, Pedro Ferrari – agrícola e predial, Pedro Fonzar – agricola, Pedro Guidulio – negociante e predial, Pedro Mascagne – prediais, Pedro Petrarchi – predial, Pedro Poli – negociante, Pedro Pupim & Irmãos – agrícola, Pedro Resuto – negociante, Piatro José – sapateiro, Querino Tomasichi – agrícola, Raphael Conde – predial, Ricardo Degani – predial, Ricardo Ferlin – negociante, Romão Covas – negociante e predial, Romeu Gauroti – negociante, Roucaranti Elezio – predial, Rossi Gurian Luis – predial, Rossi José – predial, Rossi Maria – fábrica de cerveja, Rossi Telesforo – negociante, Saccamone Luis – funileiro, Samuel A. Biagi – ferraria, Samuel Jacopetti & Sberne – fábrica de cerveja, Santos Octaviani – negociante, Santo Degani – predial, Santo Trovo & Cia – predial, Sapola Gregorio – negociante, Sebastião del Pergetto – olaria, Seconello João – sapateria, Semeone José – predial, Serafim Muraro – negociante, Serafim Parente – negociante, Silvio Strada – predial, Spinella Angelo – padaria, Stopa Aristodemo – negociante, Soffrantti Marieno – predial, Tazinafo Liberali – predial, Tereza Provani – predial, Thimotheo Montiagnello – predial, Thomaz Piatti – predial, Thomazea Josepha – predial, Ugati Seleno – negociante, Valentim Aristodemo – predial, Vergilin Candida de Jesus – predial, Vicente Datena – predial, Vicente Janoni – agrícola e predial, Vicente Luis – agricola, Vicente Merincolo – barbeiro e predial, Vicente Taccinari – predial, Victorio Sentiligni – predial, Vivona Francisco – sapataria, Luis Bertolotti, Amadeu Camparini – restaurante, Carlo de la Santá – sapateiro, Prevede Cristiano – negociante, Gregorio Butturi – negociante, Emydio Cursino – predial, David Danaluci – predial, Zamprogo Emilio – negociante, Zanulo Angelo – negociante, Zanetti Valentim – agricola, Zenaro Domenico – fábrica de cerveja, Zavanelli Scripone – predial, João Zanello – predial, Miguel Gallo – barbeiro, Baldo Pavicic – negociante em roça, Luis Bertolotti, negociante em roça.
1911 – LISTAGEM NOMINAL DE IMPOSTOS A PAGAR DE BATATAIS – IMIGRANTES E DESCENDENTES (ITALIANOS E OUTRAS NACIONALIDADES) – RETIRADOS DO JORNAL GAZETA DE BATATAES, 12 DE OUTUBRO DE 1911
(conforme grafia da impressão)
Imposto sobre Produção de Café – Produção entre 2.000 a 25.000 pés de café. Apenas um dos citados, Arthur Diederichsen com 115.000 pés – 1911
André Piovan – C. Moura e São Pedro, Angelo, João e Pedro Fazian – Boa Vista, Angelo Thomazelli – Ilha, Antonio Protanda – Baguassú, Antonio Simioni – Córrego do Estreito, Antonio Zanetti – Estreito de Sant’Anna, Aristodemo Stoppa – Cascata, Arthur Diederichsen – Desengano, Carlos Girardi & Filhos – Viaducto, Domingos Zanetti – Cachoeira, Ernesto Pupim – Ilha, Estefano Buranello – Cachoeira, Estevão e Oreste Muzuchelli – Capão Grande, Felippe Dal Piccolo – Capão do Moura, Fioco & Zamproni –Córrego da Estiva, Francisco Gallina – Pouso Alegre, Francisco Schmidt – Floresta, Francisco Sorani Baptista – Capão do Açude, Henrique Bell – Angolinha, Henrique Morandi – Pouso Alegre, Irmaõs Barque e Zapparolli – Boa Vista, Irmãos Violim – Estreito de Sant’Anna, Irmãos Zapparolli – Capoeira Grande, Jacomo Violim – Pimentas, José Pupim de Cia – Córrego dos Peixes, José Zanetti – São Pedro e Capão Moura, Julio Nori – Passa Tempo, Luis Boldrim – Pouso Alegre, Luis Fazian – Boa Vista, Luis Severini – Capão Grande, Luis Pazzetto – Matta, Luis Soriani – Estreito de Sant’Anna, Machini & Gregorio – Sant’Anna, Marcos Franzoni – Cuba, Martinho dal Piccolo – Taquaral, Paschoal Malago – Matta, Paulo Fressa – Capão do Moura, Pedro Boranelli – Córrego de Batataes, Pedro Daronqui – Matta, Pedro Fulgar – Capão do Moura, Sppinelli Miguel – Estiva, Vicente Tacinari – Córrego da Pratinha.
Imposto sobre Indústria e Profissões, Agrícola e Pastoril – 1911
Adolpho Del Secco – sapateiro, Alberto Biava – Joalheiro e Relojoeiro, Amelia Rosada – costureira, Amprigio T. Fleming – Agrícola, André Piovan – agricola, Angelo Gaeta – sapateiro e of. costura, Angelo, João e Pedro Fasian – agrícola, Angelo Sebini – comerciante, Angelo Thomazelli – agrícola, Annibal Mani – alfaiate, Antonio Acra – comerciante, Antonio João Nazar – comerciante, Antonio Macri – alfaiate, Antonio Massoid – comerciante, Antonio Protanda – agricola, Antonio Ricci – barbeiro, Antonio Rizzato – comerciante, Antonio Simioni – maquina de beneficiar café, arroz e moinho, padaria, fabrica de macarrão, açougue, agricola e materiais de construção, Antonio Zanetti – agricola, Aristodemo Stopa – agricola, Arthur Diederichsen – agricola, Arthur Marcolla – funileiro, Arthur Scatena – negociante, casa de desconto e fábrica de sabão, Augusto Fabris – agricola, Baptista Mossoleto – negociante, Bergamini Constant – negociante e açougue, Caetano Cavallieri – pastoril, Caetano Mosicó – marcineiro, Caetano Ziviani – fábrica de cerveja, Carlos Galdino – pastoril, Carlos Giraldi e filhos – agricola, Carlos Pupim – pastoril, Carlos Franzoni – negociante, Carlos Sebastiani – fábrica de cerveja, Carlos Tambellini – tipografia, Cesario Ordine – capitalista, Cesira Vietti – costureira, Chris… Suard – negociante, Cristiano Previde – negociante e açougue, Colombo Mascagni – dentista, Corsini & Irmão – fábrica de sabão, Dib Dalla – negociante, Domingos Bovi – barbeiro, Domingos Pacciolli – barbeiro, Domingos Zanetti – agricola, Edgar Barloot – empresa espetáculos, Emydio Bradaschia – funileiro, Emydio Bruno – negociante e açougue, Ernesto Corsini – joalheria e relojoaria, Ernesto Pupim – agricola, Estefano Buranello – agricola, Estella Castellani – pastoril, Estevam e Oreste Mazzucelli – agricola, Eugenio Toglioni – funileiro, Eugenio Verri – pastoril, Ezequiel Carnevalli – alfaiataria, Felicio de Andrea – comprador de café, Felippe Dal Piccolo – agricola, Fioco & Bergamini – ferreiro, Fortunato Falconi – funileiro, Francisca Soppranzetti – parteira, Francisco Alquaz – negociante e açougue, Francisco Galllina – agricola, Francisco Garroti – alfaiataria, Francisco Laurindo – negociante, Francisco Noviello – casa moveis e barbearia, Francisco Scarciello – agencia de loteria e barbeiro, Francisco Schimidt – agrícola, Francisco Sebastião – fábrica de macarrão, Francisco Sorani Baptista – agrícola, Francisco Vivona – sapataria, Frederico Montefeltro – negociante e açougue, G. Corisni & Irmão – empresa de espetáculos, Genebra Padovam – parteira, Guilherme Rosada – empreiteiro, Henrique Bell – agricola, Henrique Garbelini – casa de bicicletas, Henrique Lorenzato – padaria, Henrique Morandi – agrícola, Hercule Olivieri – alfaiate, Herminio Lazzarini – comerciante, Irmãos Barque & Zaparolli – agricola, Irmãos Violim = agricola, Irmãos Zaparolli & Cia – agrícola, Jacomo Violim – agrícola, João Bombonato – pastoril, João Bonvini – negociante e açougue, João Ceconello – sapataria, João Gatto, pastoril e pasto de aluguel, João Fleming – agrícola, João Pedro Abrahão – negociante e açougue, João Pezente – negociante e açougue, João Rosada – carpinteiro, João Stopa – ferreiro, Joaquim Bartholucci – pastoril, Joaquim Stopa – carpinteiro e ferreiro, Jorge Suaid – negociante, Josephina Maestrello – restaurante, José Ceribelli – negociante, José Drosghc – padaria, José Faggioni – negociante, José Lazzarini – hotel e botequim, José Murari – ferreiro, José Novelli – fábrica de chinelos, José Ordine – negociante, José Pupim & Cia – agrícola, José Roberto – pastoril, José Simioni – marceneiro, José Suaid – negociante, José Testa – negociante, José Zanetti – agrícola, Julio Nori – agrícola, Julio Zanatto – padeiro, Lau Segalla – negociante e açougue, Lourenço Stella – sapateiro, Luiza Faccini – negociante, Luiz Biotto – negociante, Luiz Boldrin – pastoril, Luiz Fazzion – agrícola, Luiz Giuseppe – agrícola, Luiz Lazzarini – negociante, casa de pensão e açougue, Luiz Lupatto – fábrica de carros e ferreiro e deposito de madeira, Luiz Martini – alfaiate, Luiz Masson – sapateiro, Luiz Pavant – negociantwe, Luiz Pazzetto – agrícola, Luiz Sebim – pastoril, Luiz Severini – agrícola, Luiz Soriani – agrícola, Machini & Gregorio – agrícola, Marcos Franzoni – agrícola, Marino Sopranzetti – amolador, Mario Segantini – sapateiro, Martinho dal Piccolo – agrícola, Miguel Puccinelli – cervejaria, Natale Bonfá – negociante, maquina de arroz e moinho, Natale Capelosi – padaria, Nicola de Lellis – fabrica carroças e selaria, Nicolau Chechia – negociante, Nicolau Faraco – negociante, barbearia e funilaria, Nina Comparini – negociante, Olyntho Luchesi – alfaiate, Orlando Lassi – negociante, Paschoal Malago – agrícola, Paulo Fressa – agrícola, Paulo Manzitto – sapateiro, Paulino Bacho – negociante e padaria, Pedro Bocket – pastoril, Pedro Buranelli – agrícola, Pedro Branco – negociante e açougue, Pedro Caron – negociante e açougue, Pedro Doranche – agrícola, Pedro Donzelli – negociante e açougue, Pedro Ferrari – pastoril, Pedro Fungar – agrícola, Pedro Margosse – negociante, Pio Dami – negociante, Quito Fioco – negociante, Raphael Biagini – torrefação de café e refinamento de açúcar, Ricardo Degani – pensão, Romeu Coraucci – negociante e vidraceiro, Salvador Falconi – sapateiro, Salvador Suzana – negociante e marmorista, Samuel A. Biagi – oficina mecânica, máquina de beneficiar arroz e café, Santina Massoni – costureira, Santo Massoni – alfaiate, Sebastião Suzana – marcineiro, Spinelli Miguel – agrícola, Sylvio Barbieri – negociante, Thomaz Morillo – negociante, Tobias Rinhel – negociante, Valentim Zanoni – casa de pensão, Valentim Gregorio – negociante, Vicente Tacinari – agrícola, Vicente Vergari – negociante.
Imposto Predial – 1911
Abdalla Abud, Adolpho Pacca, Adolpho Vietti, Agabito Liparelli, Alberto Perroni, Alexandre Fazzion, Anfrigio Tostes Fleming, Angelina Tambellini, Angelo Gaeta, Angelo Maestrello (herds), Anna DElellis, Annita Faccioni, Antonio Astholpi, Antonio Balom, Antonio Gaspar, Antonio João Nazar, Antonio Rizzato, Antonio Simioni, Antonio Spina, Adolpho Levigiatto, Arduino Tamburini, Aristodemo Stopa, Armaide Del Soldato, Baptista Beschia, Baptista Monçoleto, Bergamin Murari, Caetano Freta, Caetano Ziviani, Campichi Felippe, Carlos Carrilli, Carlos Franzoni, Carlos Tambellini, Carmine Sposita, Cassimiro Jacopetti, Celso Martini, Cesário Ordine, Cesar Severini, Christiano Prevale, Colombo Mascagni, David Danlucce, Domingos Bove, Domingos Matheus, Domingos Moschiar, Domingos Paccioli, Elias, Elisio Roncaratti, Emydio Bradaschia, Emydio Bruno, Emydio Corsini, Esmeria Terra, Eugenio Contadini, Eugenio Taglione, Evaristo Roncaratti, Ezequiel Carnevalli, Felicio Astolpho, Felio Assad, Fortunato Demo, Fortunato Antonio, Fortunato Falconi, Francisco Alquar, Francisco Gallina, Francisco Garrotti, Francisco Giannino, Francisco Lazzarini, Francisco Laurindo, Francisco Lavagnolli, Francisco Murari, Francisco Noviello, Francisco Roxo, Francisco Thomazini, Gabriella de Carlo, Guilherme Baldochi, Guilherme Corsini, Henrique Lorenzatto, Ida Fredi, Jacomo Ceribelli, Jacomo Violim, Joanna Nadal, João Bonvini, João Bombonato, João Camillo, João Carrili, João Catin, João Crosse, João Faccini, João Gatto, João Gimenes, João Granato, João Pezente, João Rosada, João Vicentini, João Ursolino, Joaquim Lucas, Joaquim Senteglene, Jorge Suaid, José Alexandre, José Ceribelli, José Cortinove, José Cripaldi, José Drosghc, José Fazion, José Massariolli, José Paulino Bachi, José Prometi, José Quechia (herds), José Simioni, José Zanella, Josephina L. Pinarolli, Josephina Maestrello, Laurindo Landi, Lourenço Stella, Luiz Boldrini, Luiz Dimas, Luiz Fabbris, Luiz Finotti, Luiz Gasparini, Luiz Lupatto, Luiz Masson, Luiz Pacettio, Luiz Sebim, Luiz Tambellini, Luiza Lazzarini, Luiza Zannetti, Manoel Pedro Terra, Marcello Camparini, Marco Tijotto (herds), Maria Rinhel, Maria Zanetti, Marino Sopranzetti, Miguel Sarubi, Mazaron Giagi, Modesto Trovo, Natale Bonfá, Nicola Giannino, Nicola Delelli, Nicola Chechia, Nicola Bogani, Nicola Faraco, Nympha Vicente, Paschoa Aleixo, Paschoal Matteo, Paulino Bachi, Paulo Beltrame, Paulo Scatena, Pedro Biafora, Pedro Bianco, Pedro Caron, Pedro Donzelli, Pedro Mascagni, Pedro Massariolli, Pedro Matteo, Pedro Moreli, Pedro Sebim, Philomena Gramini, Philomena Gimenes, Rachel Ricci, Raphael San Juliani, Ricardo Degani, Roldão Caetano, Romão Covas, Romeu Coraucci, Romeu Galeotti, Romolo Trevisani, Sajore Fidelli, Salvador Falconi, Salvador Spina, Samuel Adolpho Biagi, Santo Degani, Sebastião Marenguini, Sexto Testa, Sylvio Barbieri, Sylvio Carola, Thereza Bradaschia, Thereza Piovan, Thomaz Capelosi, Vicente Zanoni, Victorio Moretto.
1920 – LISTAGEM NOMINAL DE IMPOSTOS A PAGAR DE BATATAIS – IMIGRANTES E SEUS DESCENDENTES (ITALIANOS E OUTROS) – RETIRADO DA GAZETA DE BATATAES, JANEIRO DE 1920 – conforme grafia da impressão
Imposto sobre Produção de Café – 1920
Herminio Trida – Estreito, Henrique Bell – Angolinha, Henrique Morandi – Pouso Algre, Irmãos Violin – Ilha, José Ceribelli – Estreito, José Bavieri – Sant’Anna, José Fantinatti & Irmãos – Rincão, Pedro Caran – Araras, José Boldrin – Cachoeira, José Zanetti – Capão do Moura, Jose Zanetti Sobrinho – Capão do Moura, Jose Boldieri – Floresta, José Ordine e irmãos – Conguinho, Julio Nori – Passa Tempo, João Montovani – Passa Tempo, Pedro Zanetti e irmãos – Aparecida, João Barbieri – Limeira, Joaquim Fleming – Fartura, João Franzoni – Cubo, Joaquim Bortolucci – Córrego do Peixe, Luiz Boldrim – Pouso Alegre, Luiz Malagutti – Floresta, Luiz Vicentini & Cia – Boa Vista, Luiz Fazzion – Boa Vista, Luiz Soriano – Estreito, Luiz Bergosini & Irmão – Floresta, Luiz Palissa – Floresta, Michel Salem – São Roque, Marcos Franzoni – São Roque, Maria Giacomini & Filhos – Ilha, Mathilde Domazio – Pouso Alegre, Oreste Mazzuchetti – Capão Grande, Paschoal Mantovanelli – Cachoeira, Paulo Fressa – Capão do Moura, Pedro Buranelli – Batataes, Pedro Branco – Sant’Anna, Pedro Pazzeto – Ilha, Pupim e Bertolucci – Cachoeira; Romeu Mazzo – Passa Tempo, Roberto Dal Piccolo – Estiva, Vicente Taccinari – Pratinha, Victorio Maretto – Sant’Anna, Virgilio de Ronchi – Matta
Imposto sobre Indústria e Profissões, Agrícola e Pastoril – 1920
Andrés Plás – confeitaria; Argante Betarelli – relojoeiro; Angelo Rossin – empreiteiro; Adelmo Galeotti – alfaiate; Angelo Sebin – negociannte, casa de pensão e lenha; Arthur Scatena – comerciante e fábrica de sabão; Amelio Cabrini – negociante; Arthur Marcolla – funileiro; Alfredo Melega – pedreiro; Anselmo Tambellini – guarda livros; Alexandre Fazion – barbeiro; America Mazucato – modista; Angelo Bulgarelli – venda de capim; Arthur Zanotti – sapateiro; Alexandre Caron – negociante; Angelo Laurindo – carpinteiro; Arthur Chiarini – padeiro; Alberto Biava – relojoeiro; Antonio João Nazar – negociante; Antonio Ricci – barbeiro; Antonio Simioni – negociante e sapataria; Adolpho Dal Secco – sapataria; Antonio Faraco – funileiro e barbeiro; Antonio Ferrari – ferreiro; Américo Gaeta – guarda livros; Anelusco Suave – capitalista; Antonio Acra – negociante; Adelino Simioni – farmácia; Augusto Simioni – selaria; Alfredo Zanetti – carpinteiro; Attilio Ziviani – ferreiro; Abdalla Abbud – negociante; Baptista Morsoletto – casa de pensão e pedreiro; Baptista Pezenti – negociante; Bazilio Baroni – negociante; Bortolo Gurian – sapateiro; Carlos Tambellini – tipografia e livraria; Carlos Girardini – marcineiro; Carlos Sebastiani – cervejeiro; Carlos Fugazola – guarda livros; Colombo Mascagni – dentista; Cordiano Degani – empreiteiro; Carmino De Felicebus – sorveteiro; Carlos Donzelli – pensão; Domingos Vortolini – carpinteiro; Domingos Moschiar – empreiteiro; Dumith Jorge Abeid – negociante; Emydio Bradaschia – capitalista; Ezequiel Carnevalli – alfaiataria; Ernesto Degani – pedreiro; Emygdio Corsini – venda de doces; Evaristo Roncaratti – agencia de loteria; Eugenio Taglioni – funileiro; Elias José – negociante; Fernando Lavagnolli – funileiro; Felicio Gasparini – pedreiro; Francisco Garrotti – alfaiate; Francisco Martini – barbeiro; Francisco Noviello – cama, colchões e barbeiro; Francisco Scarciello – cambista e barceiro; Francisco Spina – negociante de cereais e moinho; Francisco Labatti – negociante em cereais; Francisco Pitanguy – administrador de fazenda; Frederico Bombonato – empreiteiro; Felippe Miguel – negociante; Florinda Sordi – modista; Guilherme Baldochi – negociante em cereais; Guilherme Rosada – empreiteiro obras grandes; Guilherme Tambellini – advogado e capitalista; Gianotti & Carnassa – xarque, acougue e fábrica de sabão; Giacomo Pugina – administrador de fazenda; Henrique Garbellini – oficina de concertos; Henrique Lorenzato – padeiro; Hermínio Lazzarini – negociante e sapataria; Irmãos Zanela – negociante e corte; Irmãos Venturoso – maquina de arroz e negociante em cereais; João Rosada – confeitaria e marceneiro; Joana Galante – modista; Julio Valentini – negociante; Jorge Suad – capitalista e negociante cereais; Josepha Maestrello – restaurante; Julio Bartallini – empreiteiro pintor; João Stopa – fábrica de veículos; João Vicentini – capitalista; João Cinalli – negociante e filial; João Corsini – padaria e doces; João Pezenti- negociante; Jeronymo Biasolli – engenho de cana; João Pucci – negociante; João Drosghic – tintureiro; José Ferretti – venda de leite; José Ordine – negociante e capitalista; José Faggioni – confeitaria; José Lazzarini Sobrinho – compra de cereais e café; José Drosghic – padeiro; José Ceribelli – negociante na roça; Jorge Janofei – negociante na roça; Thomazelli & Irmãos – capitalista; José Lazzarini (viúva) – hotel; José Munari – negociante; José Simioni – marcineiro; José Testa – negociante na roça; José Spigolon – pintor e capitalista; Luiz Lazzarini – pensão; Luiz Scatena – negociante e corte; Luiz Rigotto – empreiteiro; Luiz Masson – sapataria; Luiz Ziviani- venda fubá; Luiz Lupato – fábrica veículos; Luiz Martini – of. Alfaiate; Luiz Simioni – negociante; Luiz Violin – capialista; Luiz Giorgini – ferreiro; Luiz Engel – negociante fazenda e mobília, alfaiataria e fazenda; Leão Bergamini – fabrica carros; Lourenço Stella- sapataria; Luis Vicentini – capitalista; Manoel Covas – sapateiro; Mauricio Bonvini – f. veículos; Mario Segantini – sapateiro; Magdalena Donzelli – negociante; Marietta Machini – negociante; Montana & Silva – negociantes; Nicola de Lelli – fábrica veículos; Nicola Gonini – pedreiro; Olyntho Lucchezi – alfaiate; Pedro Davini – negociante e pensão; Pedro de Ronchi – capitalista; Pedro Buranelli- capitalista; Pedro Branco – dep. de materiais e venda de leite; Pedro Ferrari – negociante; Pedro Fiocco – vendedor de leite; Pedro Boaretto – sapateiro; Pedro Masilo – sapateiro; Pedro Pesente – negociante na roça; Paulo Beltrani – negociante; Philomena Dal Secco – modista; Pedro Antonio – deposito de lenha; Regino Buranelli – capitalista; Romeu Coraucci – negociante; Rômulo Trevisani – negociante e pensão; Rômulo Venturoso – negociante; Rômulo Rigotto – pedreiro; Spartaco Manetti – seleiro; Santos Degani – pedreiro; Samuel Biagi – máquina café; Sebastião Suzana- marcineiro; Silvio Barbieri – negociante roça; Silvia Girardini – modista; Salvador Falconi – sapateiro; Salvador Suzana – marmorista; Theodoro Morello – agencia de revistas e jornais; Umberto Laurato – barbeiro; Umberto Rigotto – ferreiro; Ulieno Sicci – negociante e padeiro; Vasco Degani – alfaiataria; Vicente Salvador – funileiro; Viúva Gatto – vendedor de leite