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O Ovo

Do café da manhã até o jantar o ovo está na mesa dos brasileiros, se em 2008 consumíamos em média 120 ovos por ano, em 2025 a previsão é de 272 ovos/ano por pessoa, um produto que vem aumentando naturalmente, principalmente entre as classes mais vulneráveis, que muito depende dessa proteína, se ele encarece, a qualidade de vida das pessoas cai, o ovo é um refúgio de fonte de proteínas de fácil acesso.
Mas porque o ovo subiu mais que todos alimentos e bebidas tocando a inflação lá para cima para desespero do presidente Lula? O Brasil é 5º maior produtor do mundo, exporta ovo para quase todo planeta, mas porque ele está tão caro?
Os especialistas dizem que são vários fatores conjugados que levaram a essa variação, que não se via desde 1994.
Primeiro o aumento do milho e do farelo de soja, insumos que formam 85%da ração, só o milho teve alta de 40%, mais aumento na embalagem e combustíveis que são dolarizados. O segundo fator é o climático, uma poedeira a cada 25 horas põe um ovo, com o calor intenso as granjas reduziram o nível de produtividade em 10%, o calor diminui o consumo de alimentos, cascas ficam mais finas… impacto das mudanças climáticas. Um terceiro fator é o momento de demanda aquecida que estamos passando, com a alta dos preços das carnes suínas e bovinas a opção pelo ovo e seu teor nutricional foi muito alta aumentando assim a sua procura e um quarto fator ajuda a acentuar a sazonalidade, a quaresma, nesse tempo, muitos cristãos procuram substituir a carne vermelha pela branca e ovos, o que aumenta ainda mais a procura pelo produto.
O ovo é caro fora de casa, nas massas, nos bolos, doces onde muitas vezes a ele recorremos já processado, é um grande alimento, para muitos é o segundo melhor alimento, só perde para o leite materno.
Mas, e o ovo no governo? Na questão alimentar, 3 em cada 4 itens subiram, tradução pura da inflação e não importa a causa da inflação, ela é sempre culpa do governo, tem que transformar obstáculos em oportunidades, o ovo é amparo alimentar das classes populares.
A boa notícia parece que vem devagar, para aliviar o presidente isentou impostos sobre o milho e alterou algumas tarifas de aminoácidos básicos da ração, mas acredita-se que só depois do período quaresmal que os preços tendem a estabilizar, é esperar para ver.