FUVEST 2020: A Relíquia – de Eça de Queirós

O romance é uma obra realista de Eça de Queirós. A obra foi publicada em Portugal, em 1887, na cidade de Porto. O livro traz características clássicas do realismo do autor, severo e sarcástico, quando o assunto eram as questões sociais determinadas por valores católicos à época.
A obra mostra as diferenças existentes entre duas personalidades marcantes e fortes. De um lado, Dona Maria do Patrocínio ou Titi, a tia. Do outro lado, Teodorico Raposo, o Raposão, que se torna órfão muito cedo e acaba sendo entregue aos cuidados de sua tia.
Ele é enviado a um colégio interno em Coimbra. Em seu retorno, acaba virando amante de Adélia. Ele acaba sendo traído e abandonado e, em seguida, decide pedir uma viagem a Paris. Apesar de relutante, por achar que a cidade é um local de atitudes devassas, Titi acaba concordando com a viagem do sobrinho.
Em determinado momento da história, ele acaba sendo despejado da casa onde morava com sua tia e perde o direito à herança. Passar a viver vendendo relíquias, até que o negócio para de ser lucrativo e entra em crise.
Contexto: na obra, Eça de Queirós retrata os conflitos existentes entre uma personagem que segue os valores cristãos e outro que assume comportamentos distintos, até mesmo mundanos.
Esse contraste entre duas personalidades tão marcantes e que vivem vidas tão diferentes é um dos pontos principais da obra, e apresenta realidades conflitantes e de difícil convivência.
Narrador: o romance é narrado em primeira-pessoa e o narrador é o personagem principal da obra. Ele relata momentos de sua vida ao longo de suas experiências de viagem.
Cenário: a narrativa acontece na segunda metade do século XIX, no momento em que Paris era considerada o centro da Europa. Portugal, por sua vez, era tido como país agrário, mais ligado ao campo.
Personagens principais:
Teodorico Raposo: narrador de suas próprias aventuras e órfão muito jovem.
Dona Maria do Patrocínio: muito rica e beata, muito devota das práticas católicas.
Adélia: amante do Raposão no retorno a Lisboa, personagem secundária.
Topsius: estudioso alemão, antropólogo e historiador que se torna amigo de Raposão em Malta.
Miss Mary: inglesa comerciante de luvas e flores de cera, também se torna amante de Raposão.

ESPAÇO ESCOLA

Esta semana o destaque vai para a Escola Estadual “Antônio Augusto Lopes de Oliveira Júnior” pelo trabalho de acolhida aos alunos no início do segundo semestre: um ambiente artístico com novas pinturas e obras de arte por toda escola. Todo ser humano gosta de ser bem acolhido e a equipe de gestão, professores e funcionários demonstram esse respeito aos alunos.

Poesia – o velho abrigo da alma

Nel Mezzo del Camin

Cheguei. Chegaste. Vinhas fatigada
E triste, e triste e fatigado eu vinha.
Tinhas a alma de sonhos povoada,
E a alma povoada de sonhos eu tinha…

E paramos de súbito na estrada
Da vida: longos anos, presa à minha
A tua mão, a vista deslumbrada
Tive da luz que teu olhar continha.

Hoje segues de novo… Na partida
Nem o pranto os teus olhos umedece,
Nem te comove a dor da despedida.

E eu, solitário, volto a face, e tremo,
Vendo o teu vulto que desaparece
Na extrema curva do caminho extremo.

Escrito por Olavo Bilac o poema retoma o verso de abertura do livro Inferno (Nel Mezzo del Camin) que é a primeira parte d’A Divina Comédia, obra-prima do poeta italiano Dante Alighieri. Quando lemos Dante, verificamos que nesse trecho de forma metafórica o autor mostra o caminho que o protagonista do poema está para enfrentar e vencer, em busca de sua amada e de uma revelação dos deuses sobre a arte de viver.
Já no poema de Bilac – o Príncipe dos Poetas – percebemos um eu-lírico masculino que lamenta a dor de separar-se de sua amada. Trata-se de um soneto – composição poética escrita em dois quartetos e dois tercetos num total de quatorze versos.
Para quem tem o hábito de ler poesia, já deve ter pensado também no poema de Carlos Drummond de Andrade – No meio do Caminho tinha uma pedra – intertextualidade feita com o poema de Bilac só que com o título em português. Outra coisa em comum é a figura de retórica quiasmo, ou seja, os termos se repetem em disposição cruzada.

Nas trilhas da Educação

1. Secretaria da Educação do Estado de São Paulo entra definitivamente na era digital com sistema SP Sem Papel;
2. Está disponível o cartão de confirmação do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (ENCCEJA) 2019, na Página do Participante da avaliação, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). As provas serão aplicadas em 25 de agosto, em 611 municípios. A avaliação ocorre no período da manhã e à tarde, em todos os estados e no Distrito Federal, nos municípios indicados no edital.
3. Alunos do COC Batatais fazem segunda fase da Olimpíada Brasileira de Física no próximo sábado, dia 17/08/2019, em Rib. Preto.
4. Os estudantes que aderiram ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) ganharam mais tempo para renegociar dívidas. Pela portaria publicada na edição do Diário Oficial da União (DOU) do dia 30 de julho, o prazo foi prorrogado para 10 de outubro.

Quais são as características do professor do século 21?

Tem-se falado muito das características da educação do século 21, mas para entendermos suas marcas precisamos fazer um paralelo entre o que tínhamos de educação até hoje para o que se quer fazer com a educação. Na educação tradicional ensinamos e reensinamos as mesmas coisas mil vezes e quando vamos mensurar esse aprendizado provavelmente verificaremos que o aluno não guardou nenhuma das informações dada pelos professores.
Já na educação para o século 21, a escola deverá ensinar como pensar e não apenas o que pensar. Decorar fórmulas e conceitos não faz mais sentido – estão disponíveis na internet. Isso não significa que não precisaremos adquirir e desenvolver competências técnicas. É necessário, portanto, que o profissional esteja apto a aprender, desaprender e aprender novamente utilizando competências e habilidades.
Vista dessa forma, a educação precisa com urgência passar por transformações e o condutor dessas transformações só pode ser o professor que está na frente da batalha da sala de aula no dia a dia.
O papel do professor vem mudando a cada minuto, pois a tecnologia coloca as informações na ponta dos dedos de nossos alunos a um clique. Em função dessa nova realidade, a antiga forma de se fazer as coisas, que deu certo durante anos e anos, não consegue mais ser comportada pela educação do século XXI. Partindo desse pressuposto, há a necessidade de um novo olhar sobre o ensino para que tenhamos uma aprendizagem mais significativa em que uma nova maneira de se ensinar ganha espaço com a construção coletiva do conhecimento.
Assim, precisa existir uma quebra de paradigma em que o professor abandona a ideia de que conhecimento é poder, de que o poder está com quem o detém, e de que não deve, portanto, ser compartilhado.
Essa construção coletiva do conhecimento na escola seria uma forma de incluir o aluno no processo de ensino-aprendizagem, valorizando o conhecimento que ele já traz do meio em que ele vive e das suas navegações pela Internet.
O professor do século 21 não pode mais ser um transmissor de conhecimento, ele deve ser um instigador de aprendizagem, deve ter a sua marca pessoal, deve viralizar na sala de aula, conduzir uma sala de aula centrada no aluno e com instruções personalizadas, levar os estudantes a serem produtores de seu conhecimento, aprender com as novas tecnologias ,ser digital e estar pronto para inovar sempre.