Desperdício de alimentos chega a R$ 1 mil por família por ano, diz Embrapa
O desperdício de alimentos de uma família brasileira composta por três pessoas em um ano pode ultrapassar R$ 1.002,00, valor superior ao salário mínimo nacional. Os dados são de estudo liderado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que ouviu 1.764 famílias em todo o País, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), em 2018.
A pesquisa mostra que cada família desperdiça, em média, 128 quilos de alimentos por ano. Por pessoa, o desperdício de comida em casa atinge 41 quilos por ano – o equivalente a R$ 323. A análise levou em conta apenas o universo familiar, sem considerar perdas em restaurantes, empresas, hotéis e escolas.
Os produtos mais perdidos são arroz – 28,33 kg -, carne, com 25,76 kg, feijão, com 20,60 kg, e frango, com 19,32 kg. O leite completa a lista dos principais alimentos jogados fora, com 5,15 litros anuais. Na avaliação do pesquisador, chama a atenção o fato de a renda não explicar totalmente a diferença entre as famílias que desperdiçam mais ou menos.
América Latina
Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), a América Latina desperdiça, em média, 127 milhões de toneladas de alimentos a cada ano. Em valores, seriam cerca de US$ 97 bilhões. Fonte: Embrapa
Área brasileira de arroz, deverá ser 13,9% menor nesta safra
A cultura do arroz é essencial para a segurança alimentar e nutricional para mais da metade da população mundial, além de ser integrante do hábito alimentar da nossa população. Sua produção ocorre em todo o país, mas tem maior concentração na Região Sul do país, que é responsável por quase 80% da oferta nacional.
O arroz tem perdido área ao longo dos anos. Nas últimas dez safras, a área cultivada com arroz reduziu aproximadamente 38%, sobretudo em áreas de sequeiro, uma vez que o produtor tem optado por culturas mais rentáveis.
De acordo com as estimativas da Conab, a área brasileira de arroz, nesta safra, deverá ser 13,9% menor que a área cultivada na safra passada. Apesar da produção não ter sofrido grandes variações nesse período, o rizicultor nacional tem mantido a produção ajustada ao consumo, incrementando a produtividade com a utilização de um melhor pacote tecnológico.
O salto de produtividade entre a safra 2000/01 e 2017/18 foi de 95% (de 3.197 para 6.243 kg/ha, nesta safra). A produção deverá experimentar redução, estimada em 12,2% quando comparada à safra passada. Fonte: Conab
Brasil exportou menos açúcar e mais etanol em maio
O Brasil exportou em maio 1,781 milhão de toneladas de açúcar bruto e refinado, queda de 15% em relação ao total embarcado em igual período de 2018, de 2,095 milhões de toneladas. Quando comparado com as exportações de abril, de 1,264 milhão de toneladas, houve avanço de 40,9%.
Do total exportado no mês passado, 1,550 milhão de toneladas foram de açúcar demerara e 230,4 mil toneladas de refinado. Os dados consideram 22 dias úteis. A receita obtida com a exportação do alimento em maio foi de US$ 548 milhões, 46,6% maior que a registrada em abril, de US$ 373,8 milhões, mas 13,6% inferior à de maio de 2018, de US$ 634,5 milhões.
No acumulado dos cinco primeiros meses de 2019, o volume exportado atinge 6,462 milhões de toneladas, queda de 17,2% ante o período de janeiro a maio 2018, de 7,805 milhões, com receita de US$ 1,907 bilhão, recuo de 27,5% sobre o total de US$ 2,629 bilhões de igual intervalo de 2018.
Etanol
O Brasil exportou 165,6 milhões de litros de etanol em maio, volume mais de 40 vezes superior aos 4,1 milhões de litros embarcados em abril e 82,6% maior que o de maio de 2018, quando foram embarcados 90,7 milhões de litros. A receita cambial com a venda do biocombustível alcançou US$ 77,9 milhões em maio, ante apenas US$ 3 milhões registrados em abril. Em relação aos US$ 51,3 milhões de maio de 2018, houve alta de 51,9% no faturamento.
No acumulado de 2019, o volume exportado alcança 534,1 milhões de litros, alta de 29,3% ante os 413,2 milhões de litros dos primeiros cinco meses de 2018, com receita de US$ 275,1 milhões, alta de 7,8% sobre o faturamento de US$ 255,1 milhões de igual período de 2018.
Levantamento “A Cachaça no Brasil” do Ministério da Agricultura faz um raio-X no setor do destilado
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA, divulgou através do Anuário da Cachaça 2019, denominado “A Cachaça no Brasil”, os dados oficiais do setor da Cachaça e da Aguardente dos últimos anos.
O levantamento pontuou que o número de estabelecimentos produtores de Cachaça e Aguardente totaliza 1.397, distribuídos em 835 municípios diferentes, em 26 unidades da federação. Os produtores de cachaça e de aguardente representam 21,96% do total de 6.362 estabelecimentos produtores de bebidas alcoólicas e não alcoólicas registrados no MAPA.
A concentração dos estabelecimentos é maior na região Sudeste, sendo o estado de Minas Gerais líder em quantidade de produtores. A cadeia produtiva da Cachaça é hoje responsável por empregar mais de 600 mil brasileiros. Fonte: Ibrac
Queijos mineiros conquistam 50 medalhas na França
Os produtores mineiros conquistaram 50 medalhas no Concurso Mundial de Queijos, disputado em Tours, na França. O evento reúne 953 queijos, de 20 países.
Foram premiados, na categoria superouros, três queijos artesanais da Serra da Canastra. Foram 5 ouros, 20 pratas e 22 bronzes. Os outros estados brasileiros vencedores foram São Paulo (com 1 superouro e 2 pratas), Pará (com 1 ouro e 1 prata) e Rio de Janeiro ( com 1 bronze).
As 56 medalhas conquistadas mostram que o país está conquistando espaço na disputa, que é bianual. Em 2015, o Brasil conquistou apenas uma medalha, de prata. Em 2017, foram 12 medalhas (1 superouro, 1 ouro, 7 pratas e 3 bronzes).
Brasil é o maior produtor e exportador de suco de laranja
O País representa 81,5% do comércio mundial de suco de laranja, seguido de China, União Europeia, Estados Unidos e México. O Estado de São Paulo tem uma parcela mais que importante, já que sozinho é responsável por cerca de 77% de toda produção nacional, com 13 milhões de t. Só para se ter uma ideia, Minas Gerais, segundo maior produtor, produziu no mesmo período, cerca de 950 mil t e Paraná com 870 mil t.
O município do interior paulista, Casa Branca, localizado na Região de Campinas, foi o maior produtor do Brasil obtendo a marca de 564,6 mil toneladas, gerando um valor financeiro de R$228,6 milhões para a região.
Os Estados Unidos são os principais compradores do suco nacional. Os embarques brasileiros totais de suco de laranja concentrado, congelado, em 2018, para o exterior foram de 741.042 toneladas. Os volumes exportados nesta temporada somaram US$ 1,3 bilhão. Fonte: Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos, CitrusBR.