Safra de cana no CS engata e preço do etanol deve começar a ceder após disparada
Os valores do renovável geralmente caem na virada de março para abril, conforme usinas dão início a uma nova safra de cana e impulsionam a fabricação do produto, inclusive para gerarem caixa com maior velocidade. Na atual temporada 2019/20, contudo, esse movimento ficou longe de ocorrer.
No acumulado de abril, o preço do hidratado nas usinas de São Paulo, Estado de referência nacional, acumula alta de 21,5 por cento, enquanto o anidro apresenta incremento de 14,4 por cento, conforme monitoramento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP.
Os preços médios do etanol hidratado, concorrente da gasolina, estão próximos de 2 reais por litro nas usinas paulistas, nos maiores níveis já registrados em termos nominais (sem considerar a inflação), segundo dados do Cepea.
No ano passado, as cotações do álcool começaram a cair em meados de março e estavam, nesta mesma época, abaixo de 1,50 real por litro, no caso do hidratado, e na faixa do 1,60 real, em relação ao anidro. Fonte: Reuters
Brasil exporta 10 mi de sacas de café no primeiro trimestre
As exportações dos Cafés do Brasil, no primeiro trimestre de 2019, atingiram 9,97 milhões de sacas e receita cambial de US$ 1,30 bi, com o preço médio da saca de 60kg a US$ 131,08. Desse volume total exportado, 8,58 milhões de sacas foram de café arábica, 529,89 mil sacas de café robusta, 845,15 mil sacas de solúvel e apenas 3,13 mil sacas de 60kg de café torrado e moído. A quantidade exportada é de 25,7% maior que a do mesmo período de 2018, mas o preço obtido por saca é 18,2% menor.
Ranking dos cinco principais destinos dos Cafés do Brasil: 1º lugar – Estados Unidos com a importação de 1,8 milhão de sacas, (18,2%); 2º lugar – Alemanha com 1,7 milhão de sacas (17,2%); 3º lugar – Itália, com 1 milhão de sacas (10,5%); 4º lugar – Japão com 760 mil sacas importadas (7,6%), 5º lugar – Bélgica com 544 mil sacas (5,5%), Fonte: Embrapa
Apesar da demanda em baixa, oferta restrita limita quedas no mercado do boi
Nesta segunda quinzena do mês, até o momento, a cotação do boi gordo caiu em 25,0% das regiões pecuárias e em 28,1% delas a cotação subiu. Em Goiânia-GO, nesse período, o lento escoamento por carne bovina resultou em queda de 1,7%, a maior variação negativa entre as praças pesquisadas. Já no Sul do Tocantins, apesar da demanda patinando, a oferta limitada de boiadas não tem dado espaço para quedas. Na região, a cotação do boi subiu 1,4% na segunda metade de abril.
Por outro lado, em São Paulo, os frigoríficos que precisam compor estoques iniciaram a semana ofertando preços maiores. No estado, a arroba subiu 0,6% frente ao último fechamento, o que significa alta de R$1,00/@. O boi gordo ficou cotado, em média, em R$158,50, a prazo, livre de Funrural. Foram registradas indústrias fora das compras, aguardando o movimento do mercado. Fonte: Scot Consultoria
Produção de etanol no Brasil mantém recorde e alcança 33,58 bilhões de litros
O Brasil deve alcançar uma produção total de 33,58 bilhões de litros de etanol, o que representa um aumento de 23,3% ou 6,3 bilhões de litros, em relação ao período passado. O recorde se mantém também para a quantidade de etanol hidratado, com 22,99 bilhões de litros, ou seja, 41,5% ou 6,7 bilhões de litros a mais que o ciclo anterior. Este cenário confirma o novo recorde de produção de etanol para o país, batendo o índice anterior de 30,5 bilhões na safra de 2015/16. No hidratado, o maior valor até então alcançado havia sido de 19,6 bilhões de litros, na safra 10/11.
Os dados são do 4º levantamento da Safra de Cana-de-açúcar 2018/2019 divulgado na última terça-feira (23) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O estudo mostra também que houve redução com relação ao anidro, que é utilizado na mistura com a gasolina. A produção ficou em 10,59 bilhões de litros, 3,7% a menos que no período antecedente.
A safra da cana foi de 625,2 milhões de toneladas, apresentando redução de 1,3% em relação à anterior de 633,26 milhões de t. No caso da produção de açúcar, esta atingiu 31,35 milhões de t, um decréscimo de 17,2% ou 6,5 milhões de t, se comparado à temporada passada. A área colhida ficou em 8,59 milhões de hectares, o que representa uma diminuição de 1,6% se comparada a 2017/18.Na região sudeste, principal produtora do país, com São Paulo e Minas Gerais abrangendo quase 64% da produção nacional, a produção total foi de 402,8 milhões de t, uma redução de 3,5% em relação à safra 2017/18, por problemas climáticos e devolução de terras arrendadas. Fonte: Conab
Produção de arroz chega a 777,7 milhões de toneladas, diz FAO
De acordo com a FAO, a produção mundial em 2018 foi calculada em 777,7 milhões de toneladas de arroz em casca (516,4 Mt de arroz beneficiado), 1,3% a mais do que em 2017. Na Ásia, as colheitas já estão no mercado e são abundantes, especialmente na Índia, onde a produção teve um recorde, melhorando em 3% graças a boas chuvas e à revalorização dos preços mínimos. Na China, apesar dos melhores rendimentos, a produção teria diminuído 1% devido a uma redução nas áreas plantadas.
Na África, as colheitas aumentaram 3,7% graças a uma recuperação da produção no leste e no sudeste do continente, na Tanzânia e em Madagascar. Nas regiões ocidentais da África, a produção também aumentou 2,8%, graças a programas de incentivo para cadeias produtivas locais. Em contraste, no Egito, a produção teria diminuído 22% devido a uma redução drástica nas áreas plantadas visando economizar recursos hídricos.
Na América do Norte, a produção se recuperou em 22%, voltando aos níveis normais graças a preços mais atrativos. No restante do continente americano, as colheitas diminuíram devido à redução de 6% na produção do Mercosul, especialmente no Brasil. Em 2019, as perspectivas para o Mercosul se anunciam fracas, com uma nova redução das áreas de arroz. Fonte: Agrolink
Mulheres representam 19% da força de trabalho no campo, segundo IBGE
Dados divulgados pelo Censo Agropecuário 2017, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam que das mais de 15 milhões de pessoas que atuam no campo, 19% são mulheres. Na mesma pesquisa, de cada 10 chefes de fazenda, pelo menos dois cargos têm no comando o público feminino.