Potencializando a aprendizagem de crianças com Síndrome de Down
POR ENTRETANTO
Muitas crianças com Síndrome de Down (SD) apresentam dificuldades na aprendizagem escolar e isso acontece, principalmente, por causa da Deficiência Intelectual (DI) que é uma característica da síndrome. Pessoas com DI apresentam dificuldades na memorização, raciocínio lógico, linguagem, motricidade, socialização e autonomia. Por isso, necessitam de atenção e apoio diferenciado no processo de aprendizagem.
Conheça mais sobre o assunto na Cartilha Aprendizagem de A a Z – Deficiência Intelectual da Pearson Clinical Brasil.
O suporte oferecido para as crianças com Down deve ser pensado de forma individualizada, ou seja, de acordo com o perfil de potencialidades e dificuldades cognitivas e comportamentais de cada criança. Porém, há alguns pontos norteadores para a escolha das estratégias que serão compreendidos através das 6 máximas da aprendizagem de crianças com DI:
Adapte o conteúdo ao nível de conhecimento da criança;
Ofereça suporte/apoio físico ou visual sempre que necessário;
Fragmente o conteúdo a ser ensinado e trabalhe um tópico de cada vez;
Use linguagem simples e clara;
Abuse do recurso concreto e exija menos do raciocínio abstrato e da capacidade de inferência;
Repita, repita, repita… a memorização do conteúdo depende de muita prática
Tendo em vista o perfil da Síndrome de Down, vamos apresentar algumas dicas de estratégias e atividades a serem trabalhadas com o conteúdo escolar:
Graves déficits de linguagem são comuns na SD o que dificulta a aprendizagem da leitura através do método fônico que trabalha a associação som-letra. Por outro lado, as crianças com Dowm apresentam uma boa capacidade de memória visual e, por isso, elas se beneficiam de estratégias de alfabetização que trabalham com o reconhecimento da “palavra-inteira”, como é o caso do método global. Por isso, inicialmente trabalhe o ensino de palavras-chaves. A manipulação/associação das letras e sons deve ser um segundo passo (Down Syndrome Vitoria, 2009).
Muitas crianças com Down possuem hipotonia muscular, o que causa uma maior flacidez e moleza dos braços, pernas ou musculatura da face. Em decorrência disso, elas podem ter dificuldade na preensão correta do lápis, por isso, peça para a criança usar lápis mais grossos ou adaptadores (apoio para os dedos). Além disso, trabalhe com elas a escrita das letras em um tamanho maior.
A aprendizagem da matemática exige muito da capacidade de resolução de problemas e abstração, assim, para que as crianças com Down compreendam o conteúdo, deve-se utilizar o apoio visual e trabalhar com materiais concretos. Além disso, procure contextualizar o conteúdo na vida diária da criança, ensine-a a compreender horas e dinheiro.
Trabalhar com as diferenças na escola é o nosso grande desafio. Requer uma capacitação teórico-prática e, principalmente, um olhar diferenciado sobre a criança para que seja possível contornar as suas dificuldades e potencializar o que ela tem de melhor.
Texto escrito por:Andressa Antunes – Psicóloga, Mestre em Saúde da Criança e Sócia do ilumina NeurociênciasAnnelise Júlio-Costa – Psicóloga e Farmacêutica, Mestre e Doutoranda em Neurociências e Sócia do ilumina Neurociências
Texto originalmente publicado em Pearson Clinical.
Fica a dica!
No FICA A DICA! trago o livro de Rossandro Klinjey EU ESCOLHO SER FELIZ em que o autor nos convida a fazer uma conexão conosco, a fim de descobrirmos a relação entre a nossa felicidade e a aceitação de quem somos no mundo. Para o autor, várias vezes nos queixamos sobre o quanto não somos valorizados no trabalho, sobre nossas relações amorosas, sobre a família, entre tantos outros aspectos, e saímos a criticar tudo e todos. Terminamos achando que nada que fazemos é bom ou dá certo, então, um sentimento terrível de incompetência pessoal toma conta de nós, e isso destrói o amor próprio de qualquer pessoa.Com a leitura, percebemos que sem receitas prontas ou com um milagre divino, este trabalho propõe que a felicidade decorre de uma construção diária e demonstra que quando temos resiliência, adaptando-nos às mudanças provocadas pela vida e compreendendo as experiências do nosso dia a dia, aceitamos os processos dessa construção e nos tornamos pessoas felizes.
Todo o dinheiro da venda desse livro é doado à ação humanitária FRATERNIDADE SEM FRONTEIRAS – que atua em alguns dos lugares mais pobres do planeta, com esperança e profundo desejo de ajudar a acabar com a fome e a construir um mundo de paz. O pedido do livro pode ser feito neste e-mail: presentes@fraternidadesemfronteiras.org.br. Fica a dica!
Espaço Escola
Espaço Escola desta semana destaca os alunos medalhistas do COC Batatais na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica, em que a aluna Marina Alves Silveira Micotti, aluna do 9º ano do Ensino fundamental, além de medalhista de ouro na olimpíada, obteve nota 9 (nove) na XXII OBA 2019, o que lhe garantiu a participação na primeira fase das Seletivas 2020: fase online das provas de seleção para formação das equipes brasileiras que vão representar o Brasil nas Olimpíadas Internacionais de Astronomia em 2020:A Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica (IOAA) e a Olimpíada Latino Americana de Astronomia e Astronáutica (OLAA). Os melhores classificados na fase online serão convidados para as provas presenciais, que vão ocorrer no início de março de 2020. A primeira fase foi no domingo, dia 08 de setembro, através da plataforma Astro Educadores.
Todos do COC Batatais estão na torcida pela medalhista Marina e aproveitam também para parabenizar outros medalhistas: Prata: Adriano Micotti e Marília Marques Pereira; Bronze: Victor Hugo Denadai Antonelli e Luana Victória Quereguini. Parabéns a todos!!!!!
Poesia – o velho abrigo da alma…
Via Láctea
Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso! E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muita vez desperto,
E abro as janelas, pálido de espanto…
E conversamos toda a noite enquanto
A via láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E ao vir do Sol, saudoso e em pranto
Inda as procuro pelo céu deserto.
Direis agora: “Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Têm o que dizem, quando estão contigo?”
E eu vos direi: “Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas.”
O poema acima foi escrito pelo Príncipe dos poetas – Olavo Bilac – Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac nasceu em 16 de dezembro de 1865 no Rio de Janeiro. Ele foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras e é o autor do “Hino à Bandeira” escrito em 1889.
Em conjunto com Raimundo Correia e Alberto de Oliveira, Olavo Bilac formava a tríade Parnasiana brasileira. Ele era conhecido por sua atenção à literatura infantil, mas principalmente, pela participação cívica, sendo um ativo republicano e nacionalista. Olavo Bilac faleceu no Rio de Janeiro no dia 28 de dezembro de 1918.
No poema Via Láctea, o eu lírico, a voz do poema, inicia um diálogo imaginário com um leitor, utilizando vocabulário e ritmo que sugerem proximidade, afetividade. Além disso, lança mão de sinestesias, em expressões como “ouvir estrelas”, convidando o leitor a partilhar de sua inusitada experiência: conversar com as estrelas e amar para que possa entendê-las.
Aproveito o texto de Bilac para destacar, pela proximidade com o tema, o projeto Astronomia para todos de Batatais, coordenado pelo professor Ricardo Cavallini, que tanto tem difundido a astronomia aos estudantes e à população batataense, tornando-se assim um despertar para a Astronomia, levando muitos, pelo amor ao projeto, a “ouvir estrelas” como nos disse Bilac com a sua poesia.
Nas trilhas da Educação…
1. A prefeitura de Batatais, representada pela Secretaria Municipal de educação, abriu o período de INSCRIÇÕES PARA CRECHE 2020, entre os dias 10 de setembro e 11 de outubro o cadastro para seleção de crianças para o atendimento nas creches no ano de 2020.
2. Desfile de 7 de setembro em Batatais resgata valores de cidadania e respeito para com a Pátria – boa iniciativa de retorno pelas autoridades do município, pena que nem todas as escolas participaram.
3. Governo do Estado, apoiado na estatística da Organização Mundial de Saúde (OMS) de que nove em cada dez mortes por suicídio poderiam ser evitadas, reforça a importância da prevenção e do papel essencial da Educação nesse contexto. Por isso, dia 10 de setembro foi o Dia D do setembro Amarelo: uma oportunidade para a rede estadual de ensino refletir sobre o assunto, tão fundamental na sociedade e na escola.