Para tirar uma folga dos temas de tecnologia, resolvi trazer para vocês um overview de alguns filmes que assisti este ano e que estão entre os melhores do meu ranking — e também de sites especializados.
Se 2025 fosse um filme, seria cheio de reviravoltas, aplausos inesperados e, principalmente, ótimas histórias. Depois de alguns anos em que o streaming parecia engolir a alma do cinema, eis que surge uma leva de filmes que nos lembra por que amamos tanto uma boa sala escura.
Entre tantos lançamentos, quatro títulos roubaram a cena. Vamos a eles:
Sinners (Pecadores) – Quando o horror tem alma (e blues)
Se você achou que já tinha visto de tudo em filmes de vampiro… bem-vindo a Sinners. Dirigido pelo premiado Ryan Coogler e estrelado por Michael B. Jordan em dose dupla (sim, ele interpreta gêmeos!), o filme é um mergulho no sul dos EUA dos anos 1930 — com direito a juke joints, racismo estrutural, música e… criaturas da noite.
Mas não se engane: Sinners não é só susto. É crítica social embalada por muito estilo. Tem vampiro? Tem. Mas tem também identidade, trauma histórico, comunidade — e uma fotografia que merecia ser exibida em galeria de arte.
Curiosidade: A trilha sonora é um show à parte. Composta por Ludwig Göransson, foi gravada ao vivo com músicos de blues usando instrumentos originais da década de 1930 — incluindo uma guitarra Dobro Cyclops de 1932, idêntica à usada por um dos personagens.
Mickey 17 – A ficção científica que Bong Joon Ho prometeu
Depois do sucesso mundial de Parasita, muita gente se perguntava o que Bong Joon Ho faria a seguir. A resposta veio em forma de clone — ou melhor, clones. Mickey 17 é estrelado por Robert Pattinson (cada vez mais fantástico como ator), que vive um “funcionário descartável” em uma colônia espacial. Morreu? Imprime outro.
O filme mistura ficção científica, humor ácido e filosofia de um jeito que só Bong saberia conduzir. Tem reflexões sobre capitalismo, identidade, existência — e ainda é visualmente deslumbrante. É o tipo de obra que você termina e precisa de um minuto para respirar.
Curiosidade: Pattinson improvisou vários dos diálogos de Mickey 18, inclusive usando gírias e sotaques (inspirado em Jim Carrey) para diferenciar os dois clones de forma sutil e criativa.
Superman – Um herói, um reboot e um suspiro de esperança
Sim, ele voltou. Dirigido por James Gunn, o novo Superman não é apenas uma repaginada do clássico — é um sopro de frescor no cinema de super-heróis.
O novo Clark Kent, vivido por David Corenswet, é mais humano, mais real, e ainda assim completamente… super. O roteiro traz temas atuais como guerra de narrativas, confiança nas instituições e dilemas morais, mas sem perder o bom humor e aquele arzinho inspirador que a gente espera de um herói que voa.
Curiosidade: Há uma cena em que Superman salva um cachorro e um esquilo no meio de uma batalha. Simples? Talvez. Mas essa foi a sequência que quase ficou de fora do filme — até que James Gunn defendeu sua importância, dizendo que esse tipo de gesto define quem o Superman realmente é.
F1: The Movie – Adrenalina, Brad Pitt e Hans Zimmer no volante
Você pode até não entender nada de Fórmula 1, mas F1: The Movie faz questão de te colocar na primeira fila do grid. Estrelado por Brad Pitt e dirigido por Joseph Kosinski (o mesmo de Top Gun: Maverick), o filme é uma verdadeira volta de alta velocidade pela alma das pistas.
O que surpreende é que F1 não é só sobre corridas. É sobre envelhecer, competir, resistir e… acelerar mesmo quando a curva é apertada. É tecnicamente deslumbrante, com cenas gravadas em GPs reais — e um uso do som que só Hans Zimmer poderia criar. Tudo isso fez dele o filme esportivo mais aclamado do ano.
Curiosidade: As gravações aconteceram durante o Grande Prêmio de Silverstone, e parte do elenco realmente pilotou os carros. Brad Pitt chegou a atingir 290 km/h em um carro de F2 adaptado pela Mercedes. Por isso a câmera parece estar dentro do capacete.
Esses quatro filmes não apenas brilharam nas bilheterias e nos streamings — eles reacenderam a paixão por boas histórias contadas com coragem. Com gêneros tão diversos quanto ficção científica, horror gótico, ação esportiva e super-heróis, 2025 provou que o cinema ainda sabe como nos emocionar, provocar e, acima de tudo, entreter.





